Postado em terça-feira, 29 de maio de 2018 às 10:10

Depressão pode acelerar o envelhecimento cognitivo

Distúrbio pode acentuar o declínio de habilidades do cérebro na velhice, mas exercícios e tratamentos ajudam a diminuir essa queda...


 Em um artigo publicado na Psychological Medicine, psicólogos da Universidade de Sussex, Inglaterra, concluíram que a depressão pode ser um fator para acelerar o envelhecimento do cérebro. A pesquisa analisou dados de uma série de 34 estudos anteriores que investigaram a relação entre a doença, a ansiedade e o declínio das habilidades cognitivas.

O artigo abrangeu dados de mais de 71 mil pessoas, abrangendo as que já sentiram algum sintoma de depressão e as que foram diagnosticadas com o distúrbio.

Analisando os dados, os pesquisadores concluíram que pessoas com depressão passam por um declínio no estado cognitivo maior do que pessoas sem o transtorno, conforme vão envelhecendo. Isso pode envolver a perda de memória e o comprometimento de funções executivas (como a tomada de decisões) e da velocidade do processamento de informações.

“Nossos achados deveriam dar ao governo ainda mais razões para levar problemas de saúde mental a sério e para assegurar que os suprimentos para a saúde tenham recursos apropriados”, defende Darya Gaysina, professora de psicologia da Universidade de Sussex e uma das líderes da pesquisa.

“Este estudo é de grande importância — nossas populações estão envelhecendo em um ritmo rápido e espera-se que o número de pessoas vivendo com a diminuição das habilidades cognitivas e demência cresça substancialmente nos próximos 30 anos”, pontua.

Por isso, o estudo reitera que idosos diagnosticados com depressão tenham suas habilidades cognitivas monitoradas de perto e o mais cedo possível, já que há um longo período pré-clínico até que a demência seja identificada.



“Mas pessoas vivendo com depressão não devem se desesperar — não é inevitável que você veja um grande declínio nas habilidades cognitivas”, assegura Amber John, pesquisadora PhD na Universidade de Sussex envolvida no estudo. “Medidas preventivas como exercícios, prática de mindfulness e comprometimento com tratamentos terapêuticos recomendados, como a Terapia Cognitivo-Comportamental, têm se mostrado úteis no apoio ao bem-estar, que, em troca, pode ajudar a proteger a saúde cognitiva na velhice”, indica.

No Reino Unido, uma a cada cinco pessoas já apresentou algum sintoma da depressão.







Fonte: revistagalileu



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