Postado em quarta-feira, 14 de março de 2018 às 13:30

Políticos e personalidades do futebol e do vôlei dão último adeus a Bebeto de Freitas em velório na sede do Atlético

Corpo do diretor de administração do Galo foi velado na manhã desta quarta-feira, na sede do alvinegro, no bairro de Lourdes; enterro será no Rio...


 A manhã desta quarta-feira na sede administrativa do Atlético, no bairro de Lourdes, foi de muita emoção e homenagens a Bebeto de Freitas, que faleceu nessa terça, aos 68 anos, vítima de parada cardíaca. Várias personalidades do vôlei e do futebol, além de políticos ligados à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) compareceram ao velório do diretor.

A cerimônia fúnebre começou às 8h. O primeiro a chegar foi o presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, seguido do mandatário da Federação Mineira de Futebol (FMF), Castellar Guimarães Neto. Ambos preferiram não falar com a imprensa, que não foi autorizada a acompanhar o velório no interior da sede. Outros nomes, como o ex-jogador e técnico de vôlei Cebola e o também ex-atleta da modalidade, André Heller, também estiveram presentes e resumiram a morte de Bebeto de Freitas como ‘perda irreparável e imensurável’.

O elo de Bebeto com o vôlei também foi lembrada por Alexandre Kalil. O ex-presidente do Atlético e atual prefeito de Belo Horizonte falou rapidamente com a imprensa. Com o chefe do executivo, eleito em 2016, Freitas se tornou secretário de Esportes e Lazer. Em dezembro do ano passado, assumu a direção de administração e controle do Galo. Vários secretários da PBH também compareceram ao velório para prestar a última homenagem ao ex-dirigente, assim como grande parte da cúpula atleticana, como o ex-jogador Marques e o diretor de futebol Alexandre Gallo.

Ainda muito consternado com a morte repentina de Bebeto, o goleiro Victor esteve no velório representando o grupo de atletas do Atlético. O elenco se prepara para enfrentar o Figueirense, às 21h45, no Independência, em partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil. O técnico do clube catarinense, Milton Cruz, também compareceu à sede do Galo.

Às 10h30, o caixão com o corpo de Bebeto de Freitas foi colocado dentro de uma van. Escoltado pela Guarda Municipal, o automóvel seguiu para o Aeroporto da Pampulha. Lá, a urna do diretor partiu de avião para o Rio de Janeiro. Às 15h, o velório de Bebeto terá continuação na sede do Botafogo, em General Severiano. O sepultamento será nesta quinta, em horário a ser confirmado.


Perfil

Jogador de vôlei, treinador, dirigente, presidente e diretor de clube. A relação do carioca Bebeto de Freitas com o esporte é antiga, a começar pelo parentesco com duas personalidades do futebol: ele era sobrinho do jornalista João Saldanha, que dirigiu a Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1970, e primo de primeiro grau de Heleno de Freitas, que atuou pelo Botafogo nos anos 1940 e 1950.

Mas sua carreira se tornou emblemática no vôlei, esporte pelo qual ganhou respeito e se tornou consagrado em todo o mundo. Ele foi ponteiro do próprio Botafogo, tendo conquistado 11 estaduais nas décadas de 1960 e 1970. Depois, se tornou técnico da geração de prata, que conquistou o vice-campeonato na Olimpíada de 1984, em Los Angeles. Também participou dos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, perdendo a medalha de bronze para Argentina.

Bebeto também treinou o Maxicono Parma, da Itália, de 1990 a 1995, e se tornou técnico da Seleção Italiana em 1997 e 1998, conquistando o título da Liga Mundial em 1997.

A amizade com o prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil, o aproximou do clube mineiro. Inicialmente, foram duas passagens para trabalhar como manager do clube, em 1999 e 2001, na gestão do então presidente, Nélio Brant. Os resultados do Galo no período foram expressivos a nível nacional, já que o alvinegro foi vice-campeão brasileiro de 1999 e quarto lugar em 2001.

Em 2002, ele voltou ao Botafogo, o clube do coração. Por breve período naquele ano, se tornou diretor, mas se afastou do cargo rapidamente ao demonstrar interesse em se candidatar à presidência no fim da temporada. O período como mandatário do clube carioca foi muito positivo, já que conseguiu reestruturar as contas financeiras e trazer investimentos para o futebol. Além de devolver o time carioca à elite do futebol brasileiro, em 2003, conquistou o Campeonato Carioca de 2006 e da Taça Rio em 2007 e 2008. Outra importante conquista de Bebeto foi a concessão do Engenhão para o alvinegro.

Bebeto voltou ao Atlético em 2009 para trabalhar novamente com Alexandre Kalil, que acabara de assumir a presidência. Como diretor-executivo, ajudou a elevar o orçamento do clube e formalizar novas parcerias.

Com a eleição de Kalil para a prefeitura de Belo Horizonte, Bebeto se tornou secretário de Esportes e Lazer. Deixou o cargo em dezembro para assumir a diretoria de administração e controle do Galo, na gestão de Sérgio Sette Câmara.




Fonte: Super Esporte



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