Postado em segunda-feira, 4 de setembro de 2017
às 09:48
Pesquisa aponta queda de 12% no preço da carne neste ano em Poços de Caldas, MG
Segundo números, que se acentuou após abril, com a operação "Carne Fraca".
O preço da carne caiu 12% em Poços de Caldas (MG) neste ano, segundo uma pesquisa feita pelo Procon da cidade. Desde fevereiro o número já vinha caindo, mas de abril pra cá, depois da operação "Carne Fraca", os preços ficaram ainda mais baixos.
Para se ter uma ideia, o quilo do coxão mole, por exemplo, está saindo a R$ 17,90, preço 15% mais barato do que há três meses. As outras carnes também estão mais baratas. O patinho passou de quase R$ 21,90 para R$ 19,90 o quilo. Já o quilo do contrafilé caiu de R$ 32 para R$ 26,50. O comerciante conseguiu baixar os preços porque está comprando mais barato dos frigoríficos.
"Quando a gente compra com preço melhor, a gente sempre mantém a margem, então o preço vem lá da produção e acaba caindo no mercado consumidor", disse o comerciante José Benedito Pedrilho.
Segundo a pesquisa do Procon, 12 peças diferentes de carne de boi, frango e porco tiveram queda nos preços em 10 supermercados de janeiro para cá. A diminuição do valor do quilo vai de quase 2%, no caso do músculo e até 17% no contrafilé.
Segundo os economistas, dois motivos contribuíram para a queda no preço da carne: a operação "Carne Fraca", deflagrada em abril pela Polícia Federal e a necessidade do brasileiro de economizar na hora das compras. Assim, o consumo de carne diminuiu. O estoque ficou grande nos frigoríficos e, por isso, o jeito é vender mais barato.
"A Confederação Nacional do Comércio aponta no seu indicador que esse índice ainda está muito baixa no consumo, principalmente na insegurança em relação ao emprego. As pessoas não têm uma segurança se vão manter os seus empregos, o valor da sua renda, então essa é uma das razões para o preço das carnes estar nesse patamar", disse o administrador Vinícius Monteiro Generoso.
Nos supermercados, a intenção é vender em maior quantidade para recuperar o faturamento.
"Tomara que continue assim, porque as coisas estão muito caras", disse a porteira Vanilde Rodrigues.
Fonte: G1 Sul de Minas