Postado em terça-feira, 29 de agosto de 2017
às 14:23
Lago de Furnas atinge menor nível nos últimos dois anos no Sul de MG
Segundo a ONS, volume de água está em 29,26%, quase 13 metros abaixo da capacidade.
O nível do Lago de Furnas é menor dos últimos dois anos. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), o volume de água está em 29,26% do necessário para a geração de energia, o que representa 12,74 metros abaixo da capacidade.
Ainda de acordo com a ONS, em agosto de 2016, o lago estava muito acima, com 66,07% da capacidade. Em alguns lugares, a água baixou tanto, que já teve até queimada. No município de Areado (MG), por exemplo, só sobrou o leito do rio Cabo Verde.
“Você atravessa o rio com a água no joelho. E os peixes estão morrendo. Os peixes estão morrendo de falta de oxigênio. Você entra lá, você vê que no rio velho, a água não tem saída, então os peixes estão morrendo, estão flutando, porque está faltando oxigênio”, diz o vigilante Carlos Henrique de Paula.
O gerente João Paulo Silva Dias trabalha em um restaurante entre Areado e Alfenas (MG) e acompanha a situação da represa. Ele diz que a água baixou muito no último mês.
“De 30 dias para cá, que ela desceu muito mesmo, que ela vem reduzindo cada vez mais. A gente vem sentindo que ela está indo embora, está aparecendo o rio, está aparecendo o leito do rio já”, conta.
E olha que um mês atrás, a baixa do lago já começava a trazer problemas. Na Ponte das Amoras, entre Alfenas e Campos Gerais (MG), a antiga ponte já estava quase reaparecendo, mas como não dava pra ver de longe, uma lancha acabou batendo na estrutura. Na ocasião, foi preciso reforçar a sinalização pra evitar outros acidentes, já que o lago abaixou ainda mais, deixando toda a área visível.
“É falta de chuva. Além de falta de chuva, descaso. A comporta lá fica só aberta, então não tem água que aguenta, né?”, diz o empresário José Vicente dos Reis. “Torcer para voltar a chover, mais isso aí, só Deus sabe. A gente não tem certeza se vai ou não”, completa.
Segundo a Furnas Centrais Elétricas, a geração de energia está normal, não foi aumentada.
Fonte: G1 Sul de Minas