Postado em quinta-feira, 1 de junho de 2017
Idosa de 80 anos realiza sonho de voar de parapente com o filho em MG
Ela tem quatro filhos, oito netos, um bisneto e uma saúde de deixar muita gente com inveja. Salto duplo de "dona" Lúcia e Cristiano foi em Poços de Caldas.
A idade não foi obstáculo para que uma senhora de 80 anos realizasse um sonho radical: o de voar de parapente. O local escolhido para a realização deste feito foi a Rampa de Voo Livre, em Poços de Caldas (MG), durante a manhã cinza do último dia 18 de maio.
A aventura de "dona" Lúcia Rosa Ricci surgiu com o filho, Cristiano Ricci, que é instrutor de voo duplo há 18 anos. O filho, para surpreender a mãe, fez um convite para que eles fizessem um passeio pela cidade, mas antes eles teriam que passar na rampa para que ele pudesse resolver umas "coisas".
"Ele passou na minha casa e me falou que íamos passear, mas que antes eu tinha que passar com ele na rampa, porque como ele trabalha lá, ele disse que tinha que resolver umas coisas dos trabalho. Eu disse que tudo bem", disse "dona" Lúcia.
Ao chegar na rampa, ele disse que eles teriam um "tempinho" para realizar o tão esperado voo. "Chegando lá em cima, meu filho perguntou: "Rola um voo comigo, mãe?". Eu não pensei duas vezes, porque eu sempre quis muito voar", contou.
Segundo o filho, que voa de parapente desde 1994, sempre houve essa vontade de levar a mãe para um passeio nas alturas, mas nunca dava tempo. "Já tínhamos esse plano faz tempo, mas nunca dava certo. Foi uma alegria grande levar minha mãe pra voar, porque ela sempre me apoiou e torceu por mim em todos esses anos. Agora, ficou com o gostinho de quero mais", disse o filho.
"Não precisa ter medo. O pessoal que voa é muito responsável e meu filho tem muita prática. Sem contar a sensação de liberdade. Eu recomendo para todo mundo"
O tempo não colaborou. Era uma quinta-feira cinza, fria e a chuva já começava a dar as caras, por isso o voo foi rápido, cerca de 10 minutos. Mas, segundo "dona" Lúcia, foi tempo suficiente para que ela se sentisse livre.
"Foi uma das melhores sensações. Eu senti a liberdade sem ter o chão aos meus pés e conseguia ver a beleza de tudo lá de cima. Se eu tiver a oportunidade, quero voar novamente", disse a idosa.
"Parecia que eu podia mesmo voar, eu me senti como um passarinho no céu"
Mãe de dois homens e duas mulheres, avó de oito e bisavó de um neném de 10 meses, "dona" Lúcia se considera uma pessoa feliz e acima de tudo saudável. "Eu só fui internada para o nascimento dos meus quatro filhos. Eu ando para todos os lados, se deixar eu faço tudo a pé. E sabe, o segredo para tudo isso é amor à Deus. Ter fé em Cristo me leva longe, me faz ter vontade de viver bem", completou.