Polícia Civil abre inquérito para investigar assassinato no Presídio de Alfenas

 Da Redação

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte de um detento dentro do Presídio de Alfenas. Ele foi assassinado na segunda-feira durante o banho de sol no pátio da unidade prisional, que tem sofrido críticas devido a uma superlotação. A vítima é Júlio César da Silva, 27 anos.

Durante o banho de sol os policiais penais perceberam que um dos detentos estava deitado e, ao ser averiguado, verificaram que ele não respondia. Um médico foi acionado e atestou a morte do presidiário.

Uma das linhas de investigação é que o homicídio teria sido motivado porque a vítima assassinada tenha abusado sexualmente do irmão do autor do crime. O estupro teria ocorrido em 2016.

Superlotação

Na semana passada, o Presídio de Alfenas recebeu 102 novas detentas, transferidos de Botelhos. Uma nota de repúdio foi divulgada pelo Instituto de Cidadania e Direitos Humanos apontando que o local não dispõe de condições para abrigar as detentas.

O Presídio de Alfenas, inaugurado em 2008, com capacidade para 196 detentos, mas opera com número bem superior. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejus-MG) não divulga o número atual de detentos, porém o problema da superlotação é recorrente. Em 2014, uma reportagem do Alfenas Hoje mostrou que a unidade operava com o dobro de sua capacidade, situação que vem se agravando. 

Um novo complexo anexo a unidade prisional está sendo construído e deve ampliar para mais 306 vagas.