Contradições em depoimentos levaram Polícia Civil pedir prisão temporária de suspeito

 Da Redação

As contradições nos depoimentos do suspeito de ter assassinado a adolescente Giovanna Costa de Cillo, de 14 anos, foram um dos principais fatores que levaram a Polícia Civil a pedir a prisão temporária de Lucas de Assis Ferreira, 26 anos. A Polícia Civil aguarda o resultado de exames realizados no corpo da adolescente para esclarecer a autoria do crime.

Uma dessas contradições foi o fato do suspeito afirmar não conhecer a vítima. Porém, testemunhas ouvidas na investigação confirmaram que os dois estavam juntos na noite do crime em um bar próximo à estrada onde o corpo da menina foi encontrado. Segundo a Polícia Civil, no estabelecimento é comum a prática de tráfico de drogas.

Além disso, a adolescente ela era vista constantemente na casa de Lucas, localizada no conjunto habitacional Jardim das Alterosas. Na terça-feira, o rapaz acabou admitindo que conhecia Giovanna “de vista”. 

Mais contradições

Em depoimento, Lucas Ferreira afirmou que no dia do homicídio estava com o irmão, que também foi ouvido e confirmou a versão. Porém, as investigações apontaram o contrário. “Foi comprovado que o irmão do investigado esteve em uma loja de conveniência durante a madrugada (na data do crime), mas sem a presença de seu irmão, fato comprovado por imagens de câmeras de segurança e por testemunhas”, disse o delegado Márcio Cavalcante Bijalon, responsável pelo caso.

Segundo a Polícia Civil, o vídeo, em que o rapaz aparece confessando o crime, não foi utilizado nas investigações, pois o jovem aparece relatando o caso sob tortura e não se trata de um depoimento oficial. Um inquérito foi instaurado para apurar as agressões sofridas por Lucas.

O delegado Márcio Bijalon ao lado do delegado regional Celso Ávila Prado (Foto: Reprodução/EPTV)