Postado em segunda-feira, 4 de maio de 2015 às 11:54

Energia elétrica: produtores sentem impactos dos aumentos das tarifas

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os 15 primeiros do mês de abril, variou 1,07% em abril, ficando 0,17 pontos percentuais (p.p.) abaixo da taxa de


Do Portal do Agronegócio
 
Mesmo assim, foi a taxa mais elevada registrada nos meses de abril desde 2003, quando atingiu 1,14%.
 
Mais uma vez a energia elétrica liderou o ranking dos principais impactos na inflação do País. Segundo o IBGE, a forte elevação de 13,02% nas contas é reflexo dos reajustes que passaram a vigorar desde o dia 2 de março passado, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) – que aumentou 83,33%, ao passar de R$ 3,00 para R$5,50 – quanto nas tarifas com a ocorrência de reajustes extraordinários.
 
Se o aumento impacta diretamente no bolso do consumidor não poderia ser diferente para quem vive e trabalha no campo. “Em meio a um momento de desaceleração econômica, os aumentos de custos influenciam negativamente a capacidade competitiva do agronegócio”, critica Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
 
Segundo ele, no caso da produção intensiva de aves, por exemplo, há a necessidade da ambiência, que nada mais é que a garantia de conforto térmico para maximização dos resultados.
 
“Esta manutenção da temperatura depende de equipamentos que consomem energia elétrica proveniente, basicamente, do sistema elétrico nacional. Com o aumento dos valores das tarifas, aumenta também o custo de produção”, aponta Turra.
 
Outros especialistas entrevistados pela Sociedade Nacional de Agricultura também reclamam do atual cenário. “O fornecimento de energia elétrica no Pará já é um problema para o agronegócio. Em Santa Maria das Barreiras, por exemplo, foram aplicados R$ 25 milhões e não tem energia; igualmente não tem embaixo da Hidrelétrica de Tucuruí”, ressalta Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).
 
“Energia é o insumo básico para o nosso setor e vai impactar no aumento dos custos e no produto final. Infelizmente, precisamos conviver com o mesmo cenário há décadas: nascemos para servir o Brasil, mas o País não nos serve”, observa.

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