Corte de verbas no orçamento da União atinge Unifal

 Da Redação

O aperto nas contas pelo governo federal atingiu “em cheio” as universidades públicas, entre elas a Unifal (Universidade Federal de Alfenas). Um decreto federal reduz em 33% os recursos mensais de órgãos subordinados à União e, com isso, já há um déficit de pelo menos R$ 40 milhões, nos três primeiros meses do ano, entre as instituições de ensino superior em Minas Gerais. É o que revela uma reportagem do Estado de Minas publicada no domingo.

Na Unifal, a reportagem revela que entre as medidas estabelecidas está a suspensão das substituições de funcionários em férias, tema que deixou o cronograma. Já a capacitação de servidores só é autorizada em casos considerados prioritários.

A contenção de despesas também atingiu a graduação. As viagens sofreram cortes e as aulas de campo de geografia estão sendo condensadas ou reduzidas, informa a reportagem. Em entrevista, o pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Tomás Dias Sant´Ana, disse que é possível uma gestão para manutenção dos serviços em funcionamento nos primeiros três meses. Mas a preocupação é com um contingenciamento efetivo.

Em geral as universidades mineiras, que contavam com R$ 120 milhões, lançaram mão de expedientes que vão da redução de bolsas de assistência estudantil à demissão de funcionários terceirizados. O Decreto 8.389, de 7 de janeiro, definiu que, em vez de repassar mensalmente 1/12 do montante anual previsto – praxe sempre que o ano começa sem definição orçamentária –, o Ministério do Planejamento decidiu contingenciar e liberar apenas 1/18, um terço a menos do que o previsto. A situação só poderá se normalizar com a aprovação do projeto de lei Orçamentária Anual (Ploa), que depende do crivo do Congresso Nacional.