Após mães reclamarem, Governo de Minas diz que transporte será retomado

 Alessandro Emergente

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou, na sexta-feira, que o transporte escolar de alunos especiais da Escola Estadual de Educação Especial Esperança será retomado a partir da próxima segunda-feira (9). A informação foi confirmada em uma nota encaminhada a redação do Alfenas Hoje no final da tarde de sexta-feira (6).

A decisão foi tomada após uma reunião entre representantes da SEE/MG e da prefeitura de Alfenas realizada na sexta-feira. Segundo a assessoria de imprensa do Governo de Minas, o transporte dos alunos será realizado pelo município, mas com “suporte financeiro” da Secretaria de Estado de Educação de MG.

A ausência de transporte escolar para alunos especiais da Escola Esperança foi noticiado pelo Alfenas Hoje na quinta-feira após um grupo de mães procurar intervenção do Ministério Público (MP) e o apoio da prefeitura de Alfenas. Elas chegaram a se reunir com o prefeito Maurílio Peloso (PDT) em seu gabinete e, na ocasião, o governo local se comprometeu a estabelecer uma intermediação junto à Superintendência Regional de Educação (SRE), em Varginha.  

O problema

O problema surgiu no retorno das aulas durante a semana que passou. Até o ano passado, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que fornece transporte escolar para os seus alunos, disponibilizava ônibus também aos estudantes da Escola Esperança. As duas instituições funcionam uma do lado da outra, em um prédio cedido pela Secretaria Estado de Planejamento (Seplag/MG).

Porém, devido a dificuldades financeiras alegadas pela direção da Apae, que acarretou até em dispensa de pessoal, a entidade deixou de fornecer o auxílio. A Escola Esperança atende alunos especiais de seis a 18 anos. Até cinco anos de idade, os alunos são atendidos pela Apae, que também disponibiliza oficinas terapêuticas e pedagógicas aos alunos com mais de seis anos.

A Escola Esperança é vinculada a SEE/MG, enquanto a Apae é entidade de direito privado - ou seja, autônoma em relação a estrutura organizacional do Estado. Porém, as instituições atuavam integradas, mas com a nova diretriz de separar as instituições houve modificações na estrutura de funcionamento. O fim do transporte escolar aos alunos da Escola Esperança, fornecido pela Apae, foi uma das consequências.