Postado em domingo, 28 de dezembro de 2014
Secretaria de Saúde confirma o 1˚ caso de febre Chikungunya em Alfenas e o 7˚ em MG
A vítima esteve na Colômbia, local de onde pode ter acontecido a transmissão.
Da Redação
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) confirmou o primeiro caso de pessoa infectada com a febre Chikungunya em Alfenas, o que corresponde ao sétimo em todo o Estado. O caso de Alfenas foi confirmado pela SES/MG na sexta-feira (26).
O paciente diagnosticado em Alfenas tem 70 anos e começou a apresentar os sintomas da doença no dia 16 de novembro. Segundo reportagem do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, o homem está na fase aguda da doença e, por isso, foi liberado para o tratamento em casa, porém é acompanhado por médicos. A suspeita é que a infecção teria acontecido na Colômbia.
A outra vítima, com a infecção confirmada na sexta-feira, é uma mulher de 26 anos, que chegou a Belo Horizonte para passar férias vinda dos Estados Unidos. A suspeita, neste caso, é que a vítima tenha sido picada pelo mosquito transmissor, na Jamaica. Os primeiros sintomas foram percebidos no dia 29 de novembro. Ela também está na fase aguda da doença e com o quadro clínico estável.
De acordo com a imprensa da capital mineira, a SES/MG informou que está preparada para atuar de “forma complementar” com o município com ações de controle de vetores e de mobilização social, preconizadas pelo Ministério da Saúde caso seja apontada necessidade a partir da investigação realizada.
O que é a febre chikungunya
O mesmo mosquito que transmite a dengue, o Aedes Aegypti, é o transmissor da febre chikungunya, que surgiu na África e vem avançando pela América do Sul. As duas doenças são bastante parecidas. A diferença é que a febre chikungunya é de período mais curto e os sintomas hemorrágicos são menos observados. Uma das principais diferenças da chikungunya é a sensação de fortes dores nas articulações, com sinais de flogose - vermelhidão, dor, inchaço e calor. As duas doenças são diagnosticadas com exames de laboratório e podem se manifestar em um mesmo paciente.
No caso da dengue, há mais risco da doença evoluir para a forma hemorrágica, com o aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes.
Na chikungunya, após o período de incubação que é em média de três a sete dias, a fase aguda é caracterizada principalmente por febre de início súbito e surgimento de intensa artralgia. Essa fase dura, em média, até sete dias. Os pacientes geralmente apresentam febre elevada de início abrupto, poliartralgia, dor nas costas, cefaleia e fadiga. Outros sinais na fase aguda da chikungunya são calafrios, conjuntivite, faringite, náusea, diarreia, neurite, dor abdominal e vômito.
Tanto na dengue quanto na chikungunya a melhor forma de prevenção é a mesma: combater os focos do mosquito transmissor. A proteção se dá, basicamente, combatendo o vetor, dando destino adequado ao lixo doméstico, principalmente vasilhames plásticos.
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