Postado em quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Empresários reclamam e secretário rebate acusações
Da Reportagem
O jogo dos artistas, realizado no último domingo em Alfenas, terminou com lamentações e reclamações por parte dos organizadores. O fracasso do evento, que não atingiu nem 100 pessoas na arquibancada, gerou prejuízos e troca de acusações.
Os empresários Sérgio Ruiz e Roseli Delisa, da empresa Fazzer.Com, procuraram a reportagem do Alfenas Hoje na tarde de segunda-feira para reclamarem que houve falta de apoio da Secretaria de Esporte e Lazer. Nesta terça, a reportagem ouviu o secretário Boaventura Passos Vinha sobre o assunto que negou ter se comprometido a apoiar o evento que é particular e visava lucro.
Os empresários atribuem o fracasso de público a falta de apoio por parte da Secretaria de Esporte e Lazer que, segundo eles, havia se comprometido através de seu secretário a ajudar na divulgação e a ceder o campo para realização da partida.
Apesar de afirmarem que houve comprometimento, os empresários não apresentaram à reportagem nenhum documento que comprovasse o compromisso. “Este foi nosso erro”, diz Roseli ao sustentar que o acordo foi verbal.
Em agosto, em entrevista ao Jornal dos Lagos, Boaventura já havia adiantado que a prefeitura não tinha nenhum compromisso com a organização do evento. Na tarde desta terça-feira, em contato com a reportagem do Alfenas Hoje, o secretário de Esportes voltou a afirmar que tratava-se de um evento particular e que a prefeitura não assumiu nenhum compromisso em fazer a divulgação.
A organização do evento chegou a confeccionar 5 mil ingressos, mas pouco mais de 50 pessoas foram ao estádio Campo do Alfenense (Estádio das Duchas). O prejuízo, segundo os empresários, ultrapassa a quantia de R$ 30 mil.
Uma das reclamações dos empresários é o pagamento da taxa de R$ 700 para o uso do estádio o que, segundo os empresários, seria custeado pelo município. Boaventura nega e diz que em nenhum momento assumiu qualquer responsabilidade em relação ao evento, mas mesmo assim chegou a pagar uma taxa de R$ 450 referente ao laudo do Corpo de Bombeiros.
Boaventura refere-se a empresa organizadora como “caça níquel” e diz que nos contatos realizados não transmitiu credibilidade para uma possível parceria. “Até uniformes me pediram”, disse o secretário.
Além do ingresso, o público tinha que entregar 1 kg de alimento não-perecível. Pouco mais de 50 kg foram arrecadados e destinados ao Lar Vicentino. Os empresários alegam que a definição da entidade estava a cargo da prefeitura que não o fez. Diante da indefinição, os organizadores dizem que decidiram pela entidade somente a poucos dias da partida.
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