Postado em domingo, 8 de novembro de 2020

Turismo náutico cresce no Brasil e no mundo durante a pandemia


 

Seguindo a mesma tendência das viagens de motorhome, o turismo náutico vive um boom nos tempos de pandemia. Em busca de alternativas seguras, isoladas e não muito distantes de casa, viajantes encontraram nas embarcações uma opção viável e longe de aglomerações para conseguir sair e respirar novos ares sem se expor ao novo coronavírus – e melhor: sem precisar ser dono ou conhecer alguém que tenha uma lancha, barco ou similar para embarcar nessa nova tendência.
 
Assim como é possível alugar uma casa em sites de compartilhamento de imóveis, surgem cada vez mais sites que conectam proprietários de embarcações com clientes. O aluguel de barcos foi, inclusive, um dos setores do turismo náutico que mais cresceu após a flexibilização das medidas de isolamento. Só na Europa, a plataforma de locação Nautal observou um aumento de 55% nas buscas do site no verão, em comparação ao ano passado. 
 
Mas a tendência não ficou apenas no continente europeu e está começando a pegar em terras brasileiras, onde o verão ainda está chegando. Apesar de menos estruturado e popular que na Europa – mesmo com os oito mil quilômetros de litoral e muitas riquezas naturais –, o turismo náutico nacional começou a receber mais atenção depois das restrições das viagens (especialmente as internacionais) e o distanciamento social. Antes mesmo de o verão chegar, as reservas já estão bombando: só o feriado de 7 de setembro teve um volume de reservas equivalente ao Ano Novo na locadora de barcos BnBoats, um fato inédito para a empresa. 
 
Fora o isolamento, um dos maiores atrativos de alugar um barco é a liberdade. Seja um passeio de algumas horas ou dias, quem opta pela locação tem mais autonomia para personalizar o ritmo e o roteiro da viagem, especialmente no caso de embarcações exclusivas para uma mesma família ou grupo. Além de mais livre, o aluguel de barcos privativos é também a opção mais segura do turismo náutico, já que restringe o contato com pessoas de fora do seu círculo de convivência. E a liberdade das embarcações marítimas também tem muito a ver com as várias possibilidades de lazer a bordo: simplesmente relaxar a fazer mergulhos com cilindro, conhecer ilhas desertas e admirar de perto os animais marinhos e a natureza em lugares a que nem todo passeio turístico convencional chega.
 
O Airbnb dos mares
Já se foi o tempo que o turismo náutico era apenas para os ricos e ostentadores. Ter uma lancha, iate ou afins ainda é, sim, um luxo, mas com embarcações paradas nas marinas e portos na maior parte do ano e altos custos de manutenção, proprietários encontraram nos aplicativos de aluguel de barcos uma forma de amenizar seus gastos – enquanto os viajantes começaram a ter um acesso mais democrático aos mares. 
 
Em ascensão no mundo todo, esses sites funcionam aos moldes do Airbnb: uma plataforma de anúncios que conecta de forma simples e prática os clientes aos proprietários dos barcos. Entre opções de passeios de algumas horas (normalmente de 2 a 8 horas), pernoite e até hospedagens por semana em alto-mar, as empresas náuticas reúnem embarcações dos mais variados tipos, tamanhos e preços, com diárias de barcos privativos que começam em R$ 500 e podem chegar a exorbitantes R$ 70 mil. 
 
Uma das locadoras mais populares é a espanhola Nautal, que atua em nível global por destinos como Brasil, Europa, Estados Unidos, Caribe e Austrália – são ao todo 67 países, com mais de 30 mil embarcações disponíveis. No Brasil, grande parte dos anúncios se concentra nos litorais paulista e fluminense – com destaque para Angra dos Reis, Ubatuba, Ilhabela e Paraty, destinos que são o foco de sites como o Yatchnet e a Wind Charter. Já na plataforma BnBoats, é possível encontrar embarcações em vários estados, do Rio Grande do Sul a Pernambuco.

 

E a boa notícia é: não, você não precisa ter uma habilitação náutica para alugar uma embarcação. Na maioria dos barcos de aluguel, o serviço de charter (ou seja, a presença de um marinheiro a bordo) está incluído no pacote – ou, no máximo, estará disponível por um valor extra. Entre outros custos adicionais possíveis estão eventuais passeios, mergulhos, atividades esportivas (como wakeboard e stand up paddle), combustível, taxas de limpeza e roupas de cama e banho.

 

 

 

 

 

Fonte: Viagem



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