Postado em quarta-feira, 10 de junho de 2020 às 06:10

As vacinas, a ciência e a boa notícia

Contra a doença é preciso esforço, mobilização, altruísmo, solidariedade, informação e pesquisa. O resto é achismo e fake news


 O governo federal anunciou no início desta semana a participação do Brasil no projeto Acelerador de Vacina (ACT Accelerator), iniciativa internacional para produção de vacina, medicamentos e diagnósticos contra o novo coronavírus. O projeto conta com a adesão de mais de 44 países, empresas e entidades internacionais, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), informa reportagem da Agência Brasil.

A inclusão do Brasil neste consórcio é bastante positiva, pois havia o temor de que o País seria deixado de lado por conta das seguidas manifestações de negacionismo do presidente Jair Bolsonaro, de aliados, seguidores e gurus mundo afora.
A imagem do Brasil, inclusive, desceu a ladeira em razão disso e de outras decisões controvertidas do governo, principalmente da flagrante insensibilidade à dor das famílias que perderam seus entes queridos.

Mas a participação do Brasil nesse esforço mostra que as vidas estão acima da ideologia e que a ciência é o melhor caminho para o enfrentamento da pandemia, sem arroubos de botequim ou bravatas endereçadas à claque que aplaude tudo.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, destacou, acertadamente, que o Brasil tem lastro e legado na pesquisa. Ele observa que o País é internacionalmente reconhecido por conta do desenvolvimento e produção de vacinas e pela inegável qualificação dos pesquisadores brasileiros.

Segundo ele, a expectativa é de que o País, participando dessa iniciativa, possa ter acesso mais rápido à futura vacina contra o vírus.
O governo informou que a Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é uma das instituições com capacidade de produzir a vacina no futuro.

Outra boa notícia nesse árido território da pandemia saiu na última quarta-feira com a oficialização do Brasil numa pesquisa da Universidade de Oxford. O País será o primeiro fora do Reino Unido a integrar essa força-tarefa. Um total de 2 mil brasileiros participará dos testes.

Paradoxalmente, o Brasil foi escolhido porque a Europa já mostra declínio na cura de infectados e o Brasil ainda segue rumo ao topo dos casos. Essa situação foi considerada para a decisão da instituição renomada.
O procedimento já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o apoio do Ministério da Saúde. Em São Paulo, os testes serão feitos em mil voluntários. Mais uma prova de que contra a doença é preciso esforço, mobilização, altruísmo, solidariedade, informação e ciência. O resto é achismo e fake news.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Correio



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