Postado em segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
às 09:32
Número de internautas cresce em cerca de 10 milhões em um ano no Brasil, aponta IBGE
Número de internautas cresce em cerca de 10 milhões em um ano no Brasil, aponta IBGE...
Em apenas 1 ano, o número de internautas no Brasil cresceu cerca de 10 milhões de pessoas, sendo que os idosos representam a faixa etária com maior crescimento de novos usuários da rede.
É o que aponta um levantamento divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feito no quarto trimestre de 2017. Ele faz parte das coletas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).
Veja outros destaques do estudo:
- o número de domicílios com acesso à web subiu para 75% contra 69% em 2016;
- a principal finalidade de acesso é enviar mensagens por aplicativos diferentes de e-mail, ou seja, redes sociais;
- a área rural do país foi a que mais registrou expansão no número de domicílios conectados, que chegaram a 41%; nas áreas urbanas subiu para 80%;
- o celular continua sendo o principal dispositivo para usar a internet, responsável por 98% dos acessos;
- o número de domicílios que acessam a internet pela TV subiu de 11%, em 2016, para 16%; e o número de casas com computador e tablets continua caindo.
Número de internautas
Em 2017, segundo o IBGE, o país tinha 126,4 milhões de usuários de internet, o que representava 69,8% da população com 10 anos ou mais. Um ano antes, os internautas somavam 116,1 milhões, 64,7% da população.
Assim, de 2016 para 2017, o contingente de pessoas conectadas à rede mundial de computadores no Brasil aumentou em quase 9%.
“É um avanço bem expressivo e ocorreu em todos os grupos etários, com mais intensidade entre os idosos”, destacou a analista do IBGE Adriana Beringuy.
Idosos conectados
Dos 10 milhões de novos usuários de internet, 23% tinham 60 anos ou mais. “No mesmo período, a população idosa cresceu em cerca de 1 milhão, enquanto a população de 60 anos ou mais usuária de internet cresceu 2,3 milhões”, destacou a pesquisadora.
Em 2016, o percentual de idosos acessando a internet em relação ao total de internautas era de 24,7%, e saltou para 31,1% em 2017, uma variação de 25,9%. No grupo etário de 10 a 13 anos, a variação nesse período foi de 7,4%, e no de 14 a 17 anos, de 2,9%.
“O uso das tecnologias mais recentes, como é o caso da internet, tem adesão mais rápida entre os jovens. Mas, a rápida evolução das facilidades para o seu uso vem ampliando a sua disseminação entre todos os grupos etários e de ambos os sexos”, enfatizou o IBGE.
Maioria das pessoas que acessam a internet no Brasil tem entre 25 e 39 anos
O número de domicílios com acesso à rede mundial de computadores também cresceu na passagem de 2016 para 2017. No primeiro ano da pesquisa, 69,3% dos lares brasileiros tinham equipamento conectado à internet, percentual que saltou para 74,9% em um ano.
De acordo com o IBGE, a área rural do país foi a que mais registrou expansão no número de domicílios conectados à rede – saltou de 33,6% para 41%, enquanto na área urbana foi de 75% para 80,1%.
“O mesmo tipo de evolução foi observado em todas as Grandes Regiões do país”, destacou o instituto.
Domicílios com acesso à internet
Porcentagem total, em área urbana e em área rural de domicílios conectados à rede em 2017.
Celular lidera
Em 2015, outro levantamento do IBGE mostrou que o celular se consolidou no Brasil como o principal meio de acesso à internet. Naquele ano, em 92,1% dos casos, o smartphone era usado para conexão à rede. Esse percentual aumentou para 97,2% em 2016, chegando a 98,7% no final de 2017.
Também vem crescendo o acesso à rede por meio de aparelhos de TV. Em 2016, 11,7% dos domicílios tinham a televisão como meio de conexão. No ano seguinte, esse percentual subiu para 16,1%.
Em contrapartida, microcomputador (incluindo desktops e notebooks) e tabletes têm caído cada vez mais em desuso. O percentual de domicílios com uso de PCs caiu de 57,8% em 2016 para 52,3% em 2017. Já o de tablets caiu de 17,8% para 15,5% no mesmo período.
Foco em rede social
A pesquisa do IBGE mostrou que a principal finalidade de acesso à internet no Brasil é enviar mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail. Ou seja, o principal objetivo de quem se conecta à rede é o uso das redes sociais como Facebook, Instagram e Whatsapp.
Em seguida, a outra principal finalidade é a realização de chamadas de voz ou vídeo. Assistir a vídeos, incluindo programas de TV, séries e filmes aparece em terceiro lugar. Troca de e-mails aparece na quarta posição.
Levantamento do IBGE detalha perfil do uso da internet no Brasil — Foto: Juliane Monteiro/G1
Regionalmente, a finalidade de acesso à rede é semelhante para o uso das redes sociais em todas as cinco regiões do país – varia entre 95,2% dos usuários no Sul do país e 95,8% no Centro-Oeste. Já para as outras três finalidades, há pequenas variações entre as regiões. A principal delas é em relação às trocas de e-mail. No Nordeste, 55,4% dos usuários usam o correio eletrônico, percentual que chega a 70,9% no Sul.
21 milhões não sabem acessar a internet
O levantamento feito pelo IBGE mostrou, ainda, que 54,7 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais não se conectam à rede mundial de computadores. Constatou-se que 75,2% destas pessoas não sabem ou não têm interesse em acessar a internet.
Deste contingente de pessoas que não são internautas, os que disseram não saber acessar a rede representavam 38,5%, o que equivale a 21 milhões de pessoas.
Pesquisa do IBGE mostra os principais motivos pelos quais os brasileiros não acessam a internet — Foto: Juliane Monteiro/G1
Conforme pontuou a pesquisadora do Instituto, Adriana Beringuy, a questão financeira não é o maior impedimento para o uso da internet no Brasil. Dentre os que não acessam a rede, 13,7% justificaram ser caro o serviço. Outros 4,5% disseram considerar caro o equipamento necessário para navegar.
"Existe ainda um percentual importante da população que não sabe utilizar a tecnologia", destacou a pesquisadora.
Essa condição é maior na urbana que na rural. Na primeira, 39,7% dos que disseram não acessar a rede responderam que não sabem como fazê-lo, contra 29,3% dos não internautas que residem em áreas rurais. A maior diferença entre os dois tipos de área é a disponibilidade do serviço - 12,9% na rural contra 1,7% da urbana.
Fonte:G1
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