Postado em quinta-feira, 5 de julho de 2018 às 08:08

´Homem-Formiga e a Vespa´, ´Mulheres alteradas´ e ´A noite devorou o mundo´

Continuação do filme da Marvel, comédia nacional e terror francês são os destaques que entram em cartaz nesta quinta-feira (5)...


 Nesta quinta-feira (5), chegam aos cinemas "Homem-Formiga e a Vespa", "Mulheres alteradas" e "A noite devorou o mundo".

A lista de estreia conta ainda com "Custódia", "Nos vemos no paraíso" e "Cachorros".

´Homem-Formiga e a Vespa´



Aos poucos, a Marvel vai acertando o tom nos cinemas de seus personagens mais secundários. É o caso de “Homem-Formiga e a Vespa”, que estreia nesta quinta-feira (5) no Brasil como a produção mais família da editora, ao mesmo tempo em que se afasta do gênero de super-heróis para se assumir de vez como uma aventura de ficção científica.

Ironicamente, a continuação melhora ao abandonar os últimos resquícios do estilo deixado por Edgar Wright (“Em ritmo de fuga”), o ótimo diretor que começou a gravar o primeiro filme em 2015 e que foi demitido por causa das famosas “diferenças criativas”.

Com isso, supera o bom resultado do anterior, prejudicado pela irregularidade causada pela mistura da assinatura única do cineasta com a linguagem típica e mais “genérica” da Marvel nos cinemas, que não permite tantos toques autorais às suas obras.

Com o controle do começo ao fim, Peyton Reed (“Teenagers: As apimentadas”) constrói um boa aventura família de ficção científica, um respiro bem-vindo após todo o peso dramático do fim de “Vingadores: Guerra Infinita” (mesmo ausente da grande reunião de heróis nos cinemas, o Homem-Formiga não escapa intacto de suas consequências).

LEIA A CRÍTICA DE ´HOMEM-FORMIGA E A VESPA´

´Mulheres alteradas´



"Mulheres alteradas" é um ponto brilhante e frenético no meio da produção em série de comédias brasileiras com apelo popular. Bem diferente do que se costuma ver no gênero, o filme chega na próxima quinta (5) com uma caótica abordagem cartunesca das pressões do cotidiano feminino.

Baseada na obra da quadrinista argentina Maitena, a história coloca Alessandra Negrini, Deborah Secco, Monica Iozzi e Maria Casadevall à beira de um ataque com problemas amorosos, familiares, profissionais e existenciais.

Seus estereótipos – a workaholic, a infeliz no casamento, a mãe nervosa, a baladeira inconsequente – servem à trama na tentativa de subverter soluções fáceis de conflitos à lá "Sex and the city".

LEIA A CRÍTICA DE ´MULHERES ALTERADAS´

´A noite devorou o mundo´
O terror francês mostra um sujeito que um dia acorda sozinho em seu apartamento em Paris onde, na véspera, havia acontecido uma grande festa.

Naquela manhã, ele nota não apenas que está desacompanhado, mas também que todas as pessoas da capital francesa viraram zumbis.

´Custódia´
Ganhador do prêmio de direção no Festival de Veneza e da crítica na Mostra Internacional de Cinema de S. Paulo, ambos em 2017, “Custódia” é um drama sem concessões sobre o divórcio de um casal (Léa Drucker e Denis Ménochet). O que está em disputa não são bens, mas a guarda do filho caçula, o adolescente Julien (Thomas Gioria).

Cada um dos cônjuges é movido por interesses próprios, a mãe, amor materno, e o pai, uma enorme raiva, que faz parecer que apenas deseja punir a ex-mulher. Escrito e dirigido pelo estreante Xavier Legrand, o longa começa com a negociação, mas expande seus horizontes ao trazer à tona outro elemento dramático: abuso doméstico.

Gradativamente, o filme torna-se cada vez mais sombrio. Também ator, o francês Legrand mostra-se um diretor que opta pelo minimalismo, que não necessita de muitos recursos para contar essa história sobre um tema que cria empatia na medida em que não se limita a um único lugar ou época. (REUTERS)

´Nos vemos no paraíso´
Premiado com cinco César, incluindo o de melhor direção para o também ator Albert Dupontel, “Nos Vemos no Paraíso” baseia-se em romance de Pierre Lemaitre, ambientado em 1918, no final da 1ª Guerra Mundial.

Ao contrário da maioria de seus soldados, o tenente Henri Pradelle (Laurent Lafitte), não quer que a guerra termine. Por isso, quando recebe ordens superiores para evitar hostilidades contra os inimigos alemães, ele dá uma ordem absurda – ordena a dois soldados que realizem, à luz do dia, uma missão de reconhecimento.

Tiros ouvidos depois da saída dos dois soldados dão início a uma batalha, causando várias mortes. Houve, no entanto, um soldado francês que viu algo mais: Albert Maillard (Albert Dupontel), que se tornou testemunha de um crime cometido por Pradelle. O tenente percebe e tenta matá-lo, só não conseguindo pela intervenção de outro soldado, Édouard Péricourt (Nahuel Pérez Biscayart).

Um laço profundo se forma entre estes dois soldados, ainda mais porque a queda de uma bomba permitirá, por sua vez, a Maillard salvar a vida de Péricourt – mas não sem sequelas. Finda a guerra, os dois se tornam inseparáveis já que Péricourt evita retornar à sua família rica e fria, na qual ele mantinha relação conflituosa com o pai, Marcel (Niels Arestrup). (REUTERS)

´Cachorros´
Em seu segundo longa de ficção, a diretora chilena Marcela Said esmiúça feridas abertas do passado recente de seu país. E também encontra a intersecção entre o pessoal e o político num filme em que ditadura é um fantasma que nunca abandona os personagens, mesmo que alguns deles não se deem conta disso.

Mariana (Antonia Zegers) é uma mulher rica, dona de uma galeria de arte e sócia numa empresa, na qual seu pai (Alejandro Sieveking) atua como seu procurador. Ela começa a tomar aulas de equitação e seu instrutor é um militar, o coronel Juan (Alfredo Castro). (REUTERS)

Aos poucos, passado e presente se cruzam, trazendo-se à tona a colaboração das classes mais altas chilenas com a ditadura. É interessante que a figura central aqui seja uma mulher rica, antipática e totalmente alienada do mundo em que vive. A diretora faz escolhas arriscadas em seu roteiro, mas o resultado é um filme contundente e duro, com a coragem de afirmar coisas necessárias mas que muitos ainda não querem admitir. (REUTERS)







Fonte: G1.globo



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