Postado em sexta-feira, 6 de abril de 2018
às 15:03
Mais duas escolas aderem a greve com 100% de paralisação
Mais duas escolas da rede estadual aderiram a greve de professores e estão com 100% das aulas afetadas pelo movimento.
Da Redação
Mais duas escolas da rede estadual aderiram a greve de professores e estão com 100% das aulas afetadas pelo movimento. Com adesão das escolas estaduais Prefeito Ismael Brasil Corrêa (no Vista Alegre) e Dr. Napoleão Salles (no Vista Grande) já são, pelo menos, cinco escolas com paralisação total. Outras instituições seguem com adesão parcial.
No último sábado, o Alfenas Hoje informou que haveria adesão de professores da E.E. Prefeito Ismael Brasil Corrêa, o que se confirmou na última segunda-feira com a suspensão das aulas. Na E.E. Dr. Napoleão Salles houve uma paralisação na quarta-feira e a partir desta sexta-feira as aulas foram suspensas.
As duas escolas somam-se a outras três escolas da rede estadual que estão com 100% das aulas comprometidas: E.E. Dr. Emílio da Silveira, E.E. Samuel Engel e E.E. Levindo Lambert. Em outras instituições a adesão é parcial, embora há casos, como E.E. Judith Viana, em que foram mantidas aulas somente para alunos do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA), no período noturno.
Nas escolas estaduais Professor Viana e Dirce Moura Leite a adesão é parcial. Já nas escolas Dr. Arlindo da Silveira, Padre José Grimminck e Coronel José Bento não há informações sobre a adesão de professores.
Futuro
Na assembleia geral, em Belo Horizonte, na última quarta-feira, a categoria decidiu manter a greve. Uma nova assembleia está agendada para a próxima terça-feira (10), às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em BH.
Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), a adesão foi de 40% em todo o Estado. Já a Secretaria de Estado de Educação informou que 8% das escolas apoiaram totalmente a greve.
A pauta
A categoria reivindica o pagamento do piso salarial e o fim do parcelamento dos vencimentos. O Sind-UTE-MG aponta o não cumprimento de um acordo com a categoria para atingir o piso da categoria.
Os dois últimos reajustes, relativos a 2017 e 2018, não foram concedidos pelo governo estadual, que enfrenta dificuldades com o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em relação a folha de pagamento. Em dezembro, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu um alerta pelo descumprimento dos limites da despesa com pessoal em relação à receita corrente líquida.
Hoje, para uma jornada de 24 horas semanais, os professores recebem R$ 2.135,64. Porém, esse valor é composto pela remuneração básica, de R$ 1.982,00, e por um abono, de R$ 153,00, que deverá ser incorporado ao vencimento. O piso nacional está em R$ R$ 2.455,35.
Outra reivindicação é em relação ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Alguns profissionais da área de saúde e hospitais do Estado já anunciaram o desligamento do sistema por falta de pagamento pelo Estado, que tem descontado o valor no contracheque dos servidores, mas não repassado aos prestadores de serviço.
O governador Fernando Pimentel (PT) tem alegado, por meio de sua assessoria, que está empenhado em cumprir o acordo assinado com a categoria firmado em 2015. Ainda segundo o governo, recomposição na remuneração concedida pela atual gestão chega a 46,75%, passando de R$ 1.455,33, paga durante o governo de Antônio Anastasia (PSDB), para R$ 2.135,64 (incluindo o abono).
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