Postado em sexta-feira, 12 de janeiro de 2018 às 10:10

Facebook poderia rastrear pessoas pela “sujeira na câmera do celular”

De acordo com uma publicação do Gizmodo, o Facebook poderia — caso quisesse — rastrear seus usuários a partir do pó, da gordura e dos arranhões que ficam na lente das câmeras de smartphones...


 De acordo com uma publicação do Gizmodo, o Facebook poderia — caso quisesse — rastrear seus usuários a partir do pó, da gordura e dos arranhões que ficam na lente das câmeras de smartphones. Isso porque a rede social tem uma patente registrada indicando como seria possível identificar relações de amizade quando duas pessoas são fotografadas pelo mesmo dispositivo.

A situação funcionaria mais ou menos assim: você encontrou um amigo ou amiga em um bar e tirou uma foto com essa pessoa. O indivíduo acaba publicando essa imagem posteriormente na rede social, permitindo que o Facebook analise cada detalhe, incluindo as características do seu rosto e também os rastros deixados pelo pó, arranhões e sujeira em geral da lente do dispositivo. Em outra oportunidade, esse mesmo usuário do Facebook publica outra foto, dessa vez com outra pessoa.

Considerando que você e essa terceira pessoa são amigos relativamente próximos do usuário que publicou as duas fotos na rede social a ponto de aparecerem no perfil dela de forma similar, o Facebook pode acabar supondo que você também pode ter alguma ligação com aquele indivíduo. Dessa forma, a plataforma colocaria a terceira pessoa nas suas sugestões de amizade.

Nomes de arquivos

Outra forma de identificar se duas pessoas aparentemente desconhecidas foram fotografadas pela mesma câmera é a análise dos nomes de arquivos. Se você e a terceira pessoa hipotética aqui aparecem em imagens com nomes similares, do tipo “IMG_4605739.jpg?w=700” e “IMG_4605742.jpg?w=700”, a rede social poderia acabar fazendo a mesma ligação, assumindo que ambas as fotos vieram da mesma câmera.

Esses dois tipos de análise podem ser importantes porque muitas vezes, as pessoas que publicam as fotos não as que de fato as fotografaram, tendo elas compartilhado as imagens com algum grupo de amigos ou novos conhecidos no WhatsApp, ou qualquer outra plataforma criptografada, por exemplo. Nesses casos, o Facebook não teria teoricamente como sugerir amizades sem analisar essas características pouco comuns deixadas pelos aparelhos usados para fotografar.

A rede social nega que faz esse tipo de rastreamento, 
mesmo tendo uma patente descrita e aprovada à sua disposição


Seja como for, a rede social nega que faz esse tipo de rastreamento, mesmo tendo uma patente descrita e aprovada à sua disposição. A empresa afirmou ao Gizmodo que a maior parte dos cruzamentos do “Pessoas que você talvez conheça” são feitos através das listas de contatos que os usuários oferecem para a rede social na hora de instalar os apps do Facebook em seus celulares.

Já foi constatado que a empresa tem essencialmente uma coleção de “perfis sombra”, um para cada usuário, com informações coletadas sobre eles a partir de listas de contatos vindas de seus amigos e familiares, bem como uma grande quantidade de outros metadados. Esses detalhes não aprecem em lugar algum no Facebook — por isso “sombra” — e não podem ser editados.




Fonte: Tecmundo



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