Postado em sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
às 13:18
YouTube apaga mais de 150 mil vídeos de crianças que tinham comentários pedófilos
Plataforma de vídeos recebeu onda de pedidos de retirada de anúncios em vídeos que recebiam comentários abusivos.
YouTube informou nesta quinta-feira (30) que eliminou mais de 150 mil vídeos infantis, que possuíam comentários inapropriados, com o objetivo de tranquilizar seus anunciantes. Alguns dos comentários tinham teor pedófilo.
Tudo começou com um artigo publicado no jornal britânico "The Times", que afirmava que os anúncios de grandes marcas, como Adidas, Amazon e Mars, apareciam em vídeos no YouTube de crianças e adolescentes, que estavam recheados de comentários pedófilos.
Vários anunciantes decidiram deixar de anunciar no YouTube por este motivo. A empresa de informática americana HP confirmou que "pediu imediatamente à Google que suspenda qualquer publicidade no YouTube".
O YouTube disse que "eliminou várias centenas de contas e mais de 150 mil vídeos" que tinham problemas.
Na plataforma de vídeos do Google, o propulsor das receitas é a publicidade digital. O Youtube proibiu ainda a publicidade em "mais de 2 milhões de vídeos e 50 mil canais que se identificavam como conteúdo familiar, mas não eram". A empresa bloqueou ainda os "comentários em 625 mil vídeos".
YouTube garante ter "reforçado recentemente [seu] enfoque sobre os vídeos e os comentários relacionados com crianças que, embora não fossem ilegais, continuam sendo preocupantes".
Diante da pergunta de se a plataforma sofre com o boicote de alguns anunciantes, o porta-voz respondeu que "nenhuma publicidade deveria ser difundida sobre este conteúdo".
"Estamos trabalhando para remediar esta situação o quanto antes", acrescentou.
Essa é a segunda vez este ano que o YouTube enfrenta este tipo de polêmica. Um artigo publicado no começo do ano no Times afirmava que os anúncios apareciam perto de conteúdos antissemita, incitando o ódio ou fazendo apologia do terrorismo.
A Google se comprometeu a garantir que as publicidades de seus anunciantes não ficassem perto de conteúdos polêmicos.
Fonte: G1 TECNOLOGIA