Postado em quarta-feira, 11 de outubro de 2017
às 09:35
Robôs poderão substituir professores em breve.
Pesquisador da Universidade de Buckingham defende que máquinas de inteligência artificial estarão prontas para dar aulas em 10 anos...
Esqueça as ficções apocalípticas à la Steven Spielberg que precedem o futuro distópico em que robôs substituem humanos. Se as previsões de Anthony Seldon, vice-reitor da Universidade de Buckingham, na Inglaterra, se concretizarem, máquinas de inteligência artificial poderão fazer o trabalho dos professores em sala de aula dentro de dez anos – sem nenhum Big Bang contemporâneo.
Mas isso não quer dizer que não haverá revolução. Para o pesquisador, os “robôsprofs” que adaptam diferentes métodos de comunicação e ensino para cada criança vão nos obrigar a rever os conceitos tradicionais de pedagogia e a repensar os sistemas de educação que temos hoje. O cenário das salas de aula com máquinas capazes de ensinar está descrito no livro The Fourth Revolution: How Artificial Intelligence is Changing the Face of Learning (“A quarta revolução: como a inteligência artificial está mudando a cara do aprendizado”, em livre tradução), ainda sem título em português.
O acadêmico defende que a primeira revolução foi quando o ser humano aprendeu como sobreviver, desenvolvendo habilidades de caça, cultivo de alimentos e construção de abrigos. Já a segunda se refere ao compartilhamento organizado dos conhecimentos até então dominados pelo homem. A terceira revolução foi marcada pela invenção da impressão e a quarta será quando crianças forem ensinadas, cada uma no ritmo, por máquinas de inteligência artificial.
Seldon, autor do livro, afirma que programas capazes de ler o cérebro e as expressões faciais dos alunos estão sendo desenvolvidos no Vale do Silício, e essa pode ser uma oportunidade para democratizar a educação de qualidade para o maior número de estudantes possível. “Todo mundo vai poder ter o melhor professor e de maneira completamente personalizada. O software estará com você durante toda sua jornada na escola”.
Fonte: Super Interessante