Postado em quarta-feira, 4 de outubro de 2017
às 09:59
Banco de tecnologia auxilia países pobres.
Funcionários das Nações Unidas elogiaram o estabelecimento, em meados de Setembro, do Banco de Tecnologia para os Países Menos Desenvolvidos...
Funcionários das Nações Unidas elogiaram o estabelecimento, em meados de Setembro, do Banco de Tecnologia para os Países Menos Desenvolvidos (conhecidos pela sigla em inglês ‘LCD’, ou PMD), que vai ajudar a abordar um dos principais desafios enfrentados por esses mercados.
O banco, com sede na Turquia, representa o cumprimento de parte dos objectivos de desenvolvimento sustentáveis número oito e em especial a meta 17.8.
De acordo com Fekitamoeloa Katoa ‘Utoikamanu, representante da ONU para os Países Menos Desenvolvidos, Países em Desenvolvimento sem Litoral e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, a conquista é “de grande importância estratégica para os PMD na realização global dos objectivos sustentáveis.”
‘Utoikamanu ressaltou ainda que o acesso a tecnologia, ciência e inovação é essencial para que esses países “não sejam deixados para trás.”
Actualmente, há 47 países na lista de ‘países menos desenvolvidos’, compondo mais de 880 milhões de consumidores – ou cerca de 12 por cento da população mundial. Esses países representam, contudo, menos de dois por cento do PIB global e apenas cerca de um do comércio mundial de bens.
O estabelecimento do Banco de Tecnologia foi uma prioridade no âmbito do programa de acção de Istambul, adoptado em 2011, que representava a visão e a estratégia para o desenvolvimento sustentável dos PMD. A sua importância foi confirmada na Agenda de Acção de Adis-Abeba, adoptada na II conferência internacional sobre Financiamento do Desenvolvimento, e novamente na Agenda de 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Espera-se que o banco amplie a aplicação da ciência, tecnologia e inovação aos países mais pobres, melhorando as políticas relacionadas com a tecnologia, facilitando a transferência de tecnologia e aumentando a sua integração na economia global baseada no conhecimento.
Além disso, o banco de tecnologias vai servir como um centro de conhecimento, com conexão de necessidades, recursos e actores, facilitar o acesso dos PMD aos projectos existentes relacionados com a tecnologia e promover iniciativas conjuntas com organizações relevantes e o sector privado.
Incertezas no comércio
A Organização Mundial do Comércio (OMC) elevou a estimativa de crescimento para o comércio mundial de mercadorias em 2017, de 2,4 para 3,6 por cento. O organismo ressaltou que o aumento das projecções representa “uma melhoria substancial” em relação ao crescimento “fraco” de 1,3 por cento em 2016. Mas, alerta que o cenário global continua ameaçado por incertezas.
A previsão de crescimento para o comércio este ano insere-se dentro de uma banda que vai de 3,2 a 3,9 por cento. O reforço na perspectiva de circulação de mercadorias é atribuído à Ásia e América do Norte, mais particularmente à China e aos Estados Unidos.
A nota da OMC refere que o crescimento mais forte nos dois países estimulou a procura por importações. Na China, houve aceleração do comércio nas rotas intra-asiáticas.
Nos EUA, a recuperação parcial dos preços do petróleo tende a estimular o investimento. A parte desse investimento relacionada com a importação, diz a OMC, tende a superar os demais componentes do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas num país) dos Estados Unidos da América (EUA). Uma recuperação dos gastos nessa área teria impacto na demanda por bens importados.
“A perspectiva melhor para o comércio é uma notícia bem-vinda, mas riscos substanciais que ameaçam a economia mundial continuam posicionados e poderiam facilmente prejudicar qualquer recuperação comercial”, declarou o director-geral da Organização Mundial de Comércio, Roberto Azevêdo.