Postado em quarta-feira, 26 de julho de 2017
Robô-enguia é nova ferramenta de cientistas contra poluição aquática
Pesquisadores suíços estão testando um novo tipo de robô biomimético que nada por corpos-d’água para fazer testes em busca de toxinas e outros fatores contaminantes...
Pesquisadores suíços estão testando um novo tipo de robô biomimético que nada por corpos-d’água para fazer testes em busca de toxinas e outros fatores contaminantes. A novidade se chama Envirobot, tem cerca de 1,22 metro de comprimento e é constituída por uma série de pequenos segmentos – cada um com uma função específica, mas também compartilhando a tarefa de se coordenar com os demais para gerar o movimento serpeante que impulsiona o aparelho.
A “cabeça” do robô-enguia funciona como centro de controle, abrigando os equipamentos de que a máquina necessita para navegar, incluindo uma câmera, um computador e outros tipos de traquitanas. É nas divisões do corpo, no entanto, que a mágica realmente acontece: cada cavidade abriga sensores diversos, sejam eles elétricos, químicos ou biológicos.
Dessas três variantes, a primeira serve para rastrear a salinidade da água, enquanto a segunda permite fazer testes de acidez e detectar a presença de elementos específicos. Já os sensores biológicos são um pouco diferentes, contendo organismos vivos ou tecidos (como células de peixes ou microfauna, por exemplo) que reagem de certas formas à presença de inseticidas ou outros tipos de toxinas.
Facilidades tecnológicas
“Há muitas vantagens em usar robôs nadadores. Eles podem tirar medidas e nos enviar dados em tempo real, o que é bem mais rápido do que se tivéssemos estações de teste montadas ao redor do lago. E comparados com robôs subaquáticos tradicionais movidos a hélice, eles têm menos chance de ficar presos em algas ou galhos enquanto se movem. Por fim, eles arrastam menos água, então não dispersam tanto os poluentes”, afirma Auke Ijspeert, chefe do Biorobotics Laboratory, que produziu o Envirobot.
Idealmente, vários desses robôs seriam soltos em um corpo-d’água e, algumas horas depois, forneceriam um mapa detalhado sobre vários fatores – algo que muitos biólogos, ecólogos e engenheiros certamente adorariam possuir.
Fonte: Tecmundo