Postado em terça-feira, 16 de maio de 2017
Criadores aposentam licenças e o MP3 está "morto"
Exatamente 24 anos depois do seu lançamento, o MP3 finalmente está sendo aposentado
Exatamente 24 anos depois do seu lançamento, o MP3 finalmente está sendo aposentado. Na última sexta-feira (12), o Fraunhofer Institute, responsável pelo licenciamento do formato, anunciou que está encerrando o programa de licenças da codificação de áudio responsável por popularizar a música no formato digital durante os anos 1990 e 2000. Falando em bom português: o MP3 “morreu”.
Apesar de muito popular, há tempos o MP3 é reconhecidamente ultrapassado quando comparado com outros formatos disponíveis na atualidade, como OGG e AAC. Este, inclusive, foi apontado pelo Fraunhofer Institute como o novo padrão utilizados em downloads e streamings de músicas e vídeos na atualidade, o que também justifica a aposentadoria do formado criado pelo instituto alemão no final dos anos 80.
“Apesar de haver codecs de áudio mais eficientes e com recursos avançados, o MP3 ainda é bastante popular entre os consumidores”, registra o diretor de marketing, áudio e tecnologias de mídia do Fraunhofer, Matthias Rose. “Contudo, a maioria dos serviços de média, como streaming ou transmissões de rádio e TV, usam codecs ISSO-MPEG modernos como a família AAC ou, no futuro, o MPEG-H.”
O fim de uma era
Segundo o comunicado divulgado pelo instituto, os formatos mais modernos garantem “mais recursos e uma qualidade de áudio superior a muito menos bitrates do que o MP3”. Em suma, o formato que todos nós amamos e que deu nome a dispositivos de reprodução de áudio, além de ter levado ao topo e à lama programas como Napster e Kazaa, finalmente está saindo de cena.
É claro que outros desenvolvedores ainda vão apresentar novas atualizações para o formato, mas é difícil que ele tenha outro destino que não o ostracismo. A adoção cada vez maior dos formatos mais recentes deve, muito em breve, superar com folga o MP3. Assim, esses três caracteres clássicos se juntam ao disquete, ao VHS e à fita cassete no imenso e infindável cemitério da tecnologia.