Postado em quarta-feira, 11 de novembro de 2015
às 20:26
Simpósio na Unifal aborda História da Psiquiatria e Esquizofrenia
Especialistas compartilharam experiências no evento promovido pela Liga de Psiquiatria.
Da Redação
Com a finalidade de criar um ambiente de troca de informações entre profissionais da área psiquiátrica e estudantes, a Liga Acadêmica de Psiquiatria (LAPS) promoveu na terça-feira, dia 10, na sede da Unifal (Universidade Federal de Alfenas), o primeiro simpósio do grupo.
Estudantes e profissionais da área prestigiaram as palestras ministradas pelos convidados: Dr. Paulo Paiva Baisi, médico psiquiatra do corpo docente do curso de Medicina da Unifal, Dra. Maria Rosana Fernandes, médica psiquiatra do corpo docente da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) e Vânia Regina Bressan, enfermeira psiquiátrica do curso de Medicina da Unifal.
Na abertura, o presidente e o vice-presidente da Liga, os acadêmicos João Carlos Tavares da Costa e Rafael Clemente, apresentaram os demais integrantes e alguns preceitos da LAPS, que foi fundada em junho deste ano, com o objetivo de estreitar os laços de universitários do curso de Medicina com a área psiquiátrica, visando ações de ensino, pesquisa, promoção da saúde e atenção à comunidade, de forma integrada.
O primeiro palestrante do evento foi o Dr. Paulo, que resgatou a “História da Psiquiatria”, ressaltando a importância de não confundi-la com a história da loucura, a qual retrata tempos muito mais antigos.
O psiquiatra apontou as diferenças na concepção e entendimento da Psiquiatria ao longo das décadas, falando de doenças como a epilepsia eram classificadas e o estado de melancolia, por exemplo, caracterizado.
A linha do tempo apresentada pelo médico mostrou a evolução da Psiquiatria, enfatizando períodos como o das internações em hospitais psiquiátricos realizadas a partir de 1945, e a criação dos Centros de Atenção Psicossocial da atualidade, que são serviços públicos de saúde mental, destinados a atender indivíduos com transtornos mentais relativamente graves.
Abordando o tema “Esquizofrenia: Diagnóstico e Tratamento” de forma clínica, a psiquiatra Maria Rosana iniciou a palestra fazendo considerações sobre a atuação do médico psiquiatra. “A Psiquiatria é uma especialidade médica que infelizmente, não tem exames laboratoriais para dar diagnóstico. É uma clínica eminentemente descritiva. O psiquiatra precisa fazer uma anamnese bem apurada do histórico do paciente e tem que ser um grande observador”, afirmou.
Segundo a psiquiatra, o médico dessa especialidade precisa saber observar o paciente para fazer o levantamento das perturbações psicopatológicas a fim de que, ao final da entrevista, possa elencar uma hipótese diagnóstica e, em seguida, um plano terapêutico.
O encerramento do simpósio foi ministrado pela enfermeira Vânia o tema “Esquizofrenia: Abordagem Interdisciplinar”. “A Esquizofrenia é uma doença funcional sem causa específica controlável e não curável, portanto, uma doença crônica. é considerada uma das formas mais sérias de transtorno mental, resulta em incapacidade crônica e tem início no final da adolescência e início da idade adulta que é quando geralmente nós, nos tornamos produtivos”, assinalou.

Especialistas compartilharam experiências no evento promovido pela Liga de Psiquiatria (Foto: Ascom/Unifal)

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