Postado em quarta-feira, 19 de agosto de 2015 às 08:45

Ex-membro fala sobre seita religiosa em MG: "manipulação de mentes"

Polícia Federal prendeu seis pessoas durante operação em MG, SP e BA. Seita é investigada por regime análogo à escravidão e apropriação de bens.


Do G1 Sul de Minas
 
Um ex-membro da seita religiosa suspeita de manter trabalhadores em regime análogo à escravidão deu detalhes de como funcionaria o esquema da organização, inclusive para convencer as pessoas a doar seus bens. "A realidade é essa: manipulação de mente, entendeu? Daí, o "cara" desfaz totalmente da vida dele, larga a família", conta. Uma operação da Polícia Federal realizada em Minas Gerais, Bahia e São Paulo, prendeu seis líderes da seita "Jesus, a verdade que marca" na segunda-feira (17).
 
Ayrton Barbosa disse que trabalhou em um restaurante em Pouso Alegre (MG) como auxiliar de cozinha. De acordo com a Polícia Federal, o empreendimento é um dos comércios que pertence aos líderes da seita. Barbosa disse que trabalhou por um ano sem receber salários.
 
"Pra não ter problema com a Justiça, o que eles "faz". "Eles "pega" e começa a registrar as pessoas lá. Registra, só que você não ganha nada", conta.
 
Segundo ele, todo o dinheiro iria para o pastor Cícero Vicente de Araújo, apontado pela Polícia Federal como o principal líder da seita.
 
"Vai pra mão dele. Na mão dele, ele compra maquinário. Na mão dele, ele monta outros comércios. Ele não põe tudo no nome dele porque se ele pôr no nome dele, a Justiça pega ele, entendeu? Então, ele põe no nome de algum dos líderes, alguns dos "laranjas" lá. Mas quem comanda é ele", relata.
 
O pastor nega que tenha envolvimento nos crimes denunciados pela Polícia Federal. “Nenhum [envolvimento], até hoje. São 17 anos que eu sou "caçado" pela imprensa. Ninguém nunca me perguntou alguma coisa pessoalmente e faz 17 anos que espero a oportunidade de falar”, disse Araújo ao chegar à delegacia na segunda-feira. Mas ao ser questionado sobre o que gostaria de falar, ele não quis se pronunciar.

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