Postado em quinta-feira, 15 de janeiro de 2015 às 23:15
Atualizada em sábado, 17 de janeiro de 2015 às 01:26

Para conter despesas, prefeitura deixa mais 182 servidores temporários sem empregos

Secretaria de Educação diz que está realizando um estudo para reestruturação do quadro de servidores.


 Da Redação

A prefeitura de Alfenas decidiu não manter os contratos temporários de 182 profissionais, que atuavam na área da educação do município. A decisão é mais uma das medidas de redução das despesas adotadas desde agosto do ano passado e que já havia acarretado na exoneração de outros 110 servidores comissionados (de livre nomeação).

De acordo com uma nota à imprensa, assinada por Reinaldo Zerbini Júnior (chefe de Gabinete da Secretaria de Educação e Cultura), os contratados foram selecionados por meio de processo seletivo e seus contratos têm duração dentro do ano letivo. O encerramento dos contratos, segundo a nota, foi no dia 19 de dezembro e “portanto, não há demissões sendo realizadas referentes a esta designação”.

A informação da prefeitura foi contestada nesta sexta-feira por funcionários dispensados, que entraram em contato com a redação e disseram que os novos contratos foram assinados no início de dezembro. No entanto, na última segunda-feira (12) foram dispensados por telefone, caracterizando rescisão contratual.

Segundo a nota, a Secretaria de Educação e Cultura está realizando um amplo estudo com o objetivo de reestruturação de seu quadro de servidores e funções. Vários funcionários efetivos (concursados), que atuam em funções administrativas na Secretaria de Educação, serão remanejados para as salas de aulas.

Após os remanejamentos e o estudo da Secretaria é que o município terá o número suficiente de aprovados em processo seletivos que deverão ser chamados para designação para que assumam a função no decorrer de 2015.

Na manhã de quinta-feira, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas (Sempre Alfenas) publicou uma nota de repúdio em sua página no facebook. Nela, o Sindicato manifesta-se contrário à medida e avalia que provocará uma sobrecarga aos trabalhadores da área da educação, afetando o atendimento a população. “Nós não admitimos tal ação que fere a dignidade humana de nossa população, deixando trabalhadores e trabalhadoras sem seu pão e crianças até mesmo em risco”, diz a nota.

Servidores que atuam em funções administrativas na Secretaria Municipal de
Educação e Cultura serão remanejados para escolas e creches (Foto: Reprodução/EPTV)



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