Postado em quinta-feira, 8 de janeiro de 2015 às 11:26

Prefeitura demite mais 70 funcionários para reduzir folha de pagamento e diminuir crise

Número de demitidos já chega a 110 desde agosto quando o governo adotou cortes nas despesas orçamentárias.


 Alessandro Emergente

A prefeitura de Alfenas confirmou, nesta semana, a demissão de 70 servidores comissionados (contratados sem concurso) para reduzir a folha de pagamento. As exonerações (nome técnico para demissões de funcionários públicos) fazem parte de um pacote de medidas para redução das despesas, o que inclui a diminuição do horário de atendimento ao público como noticiado na segunda-feira.  

Na reportagem publicada anteriormente, o Alfenas Hoje adiantou sobre as demissões que acompanhavam o pacote de medidas para diminuir as despesas de custeio da máquina pública. Na quarta-feira, o prefeito Maurílio Peloso (PDT) confirmou 70 demissões durante uma reportagem da EPTV, exibida na 2ª edição do Jornal da EPTV.

As exonerações atingem várias Secretarias Municipais e inclui servidores que estavam cedidos a outros órgãos, como a Depol (Delegacia de Polícia). Em agosto do ano passado, quando o prefeito anunciou contingenciamento (bloqueio de parte dos recursos) de 8,53% no orçamento, também houve exonerações, mas os números não foram confirmados oficialmente na época. Essa semana, a prefeitura informou que as exonerações chegaram a 110 desde agosto.  

Crise se arrasta

Desde que assumiu o mandato em janeiro de 2013, Maurílio Peloso vem alegando dificuldades com o caixa da prefeitura, situação que se agravou com a redução dos repasses financeiros feitos pela União. No ano passado, a situação se mostrou mais crítica quando o governo anunciou medidas de contenção de despesas e passou a ser mais frequente os atrasos no pagamento do funcionalismo. Tanto que os servidores já consideram a possibilidade de entrar em greve novamente. Uma assembleia geral está agendada para o dia 22 deste mês.  

O atual governo diz que a dívida atual chega a R$ 90 milhões e que só com os fornecedores, conseguiu reduzir de R$ 33 milhões para R$ 27 milhões os débitos após as medidas de contenção das despesas. O orçamento previsto para 2015 é de R$ 210 milhões.  

Uma das críticas feitas ao atual governo é o não investimento, através de repasses involuntários (verbas que não são obrigatórias) da União, em obras. São recursos, que estavam garantidos no orçamento da União, mas que a atual gestão optou por não aceitar, uma vez que havia a necessidade de contrapartida, além do custeio para a manutenção do serviço.

O prefeito Maurílio Peloso tem adotado medidas de redução das despesas, o que inclui demissões (Foto: EPTV/ Reprodução)



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