Postado em domingo, 6 de abril de 2014 às 08:38

Sindicato prepara novo ato público em frente a prefeitura na manhã de segunda

Uma nova reunião pública dos servidores municipais está prevista para essa segunda-feira.


Alessandro Emergente

Uma nova reunião pública dos servidores públicos do município está prevista para a manhã de segunda-feira, dia 7. A categoria, que decretou greve na sexta-feira, ainda não recebeu nenhuma contraproposta do governo para que encerre a paralisação, que segue por tempo indeterminado. 

Na tarde desse sábado, o prefeito Maurílio Peloso (PDT) solicitou uma reunião, em seu gabinete, com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas (Sempre Alfenas). Mas, segundo Vagner Ribeiro, coordenador financeiro do Sindicato, não foi feita nenhuma contraproposta.

De acordo com o sindicalista, o prefeito sinalizou a possibilidade de uma contraproposta na segunda-feira caso já tenha alguma até a data. Foi o primeiro encontro entre o Sindicato e o prefeito após a deliberação pela greve, uma vez que na sexta-feira Maurílio estava em Belo Horizonte, onde participou da posse do governador Alberto Pinto Coelho (PP).

A reunião, marcada para às 8h da próxima segunda-feira, deliberará sobre os rumos da greve. O objetivo é demonstrar ao governo a indignação da categoria e manter a pauta de reivindicações, até o momento não atendida. 

Faixas exibidas por servidores na sexta-feira reivindicam vale refeição e aumento de 27,75% para toda a categoria, ou seja o mesmo percentual concedido a funcionáiros da gestão compartilhada (Fotos: Alessandro Emergente) 

De acordo com Neif Sarkis Rocha, coordenador de comunicação do Sempre Alfenas, desde que a greve foi decretada o Sindicato segue com uma “assembleia permanente”, ou seja a qualquer momento pode ser convocada uma reunião para definir o futuro do movimento. “É a assembleia que define os rumos da greve”, explica Ribeiro.

Adesão

A greve foi deflagrada na sexta-feira pela manhã e, por isso, ainda não é possível uma avaliação “mais aprofundada” da adesão, explicam os representantes do Sindicato. Porém, segundo os sindicalistas, já é possível identificar a paralisação em alguns setores.

Na Guarda Civil Municipal (GM), onde o efetivo atua em finais de semana e feriados, já é possível verificar uma adesão expressiva. Os números da adesão ainda não são oficiais, mas nesse domingo a coordenação já encontra dificuldades para manter o percentual mínimo de operacionalidade (30%) por ser considerado serviço essencial. A corporação definiu uma “escala mínima” para garantir o percentual de operacionalidade, mas devido as ausências a escala não foi cumprida.

Segundo Sarkis, algumas escolas paralisaram, parcialmente ou integralmente, os trabalhos na sexta-feira. Entre elas, o Caic, no Vila Esperança, que teria aderido 100%, segundo o sindicalista. Também foram registradas paralisações de servidores da Escola Municipal Antônio Joaquim Vieira (Polivalente) e Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) São João da Escócia - “João de Barro”.

De acordo com o Sindicato, a paralisação deve ter grande adesão de servidores da Secretaria de Obras, local em que trabalha o servidor Paulo César Vieira, responsável pela proposta de greve imediata, aprovada em assembleia.

Expectativa do governo

Na tarde de sexta-feira, a prefeitura informou à imprensa regional que o município possui 2,5 mil servidores, incluindo contratados e comissionados (cargos de confiança). Segundo o chefe de Gabinete, Paulo Rodrigues de Carvalho, em entrevista ao G1, na segunda-feira o expediente será normal embora algumas escolas e creches não tenham atuado na sexta-feira.

Os sindicalistas Sarkis e Ribeiro explicam que a decisão, tomada em assembleia na sexta-feira, ampara legalmente todo o funcionalismo a aderir ao movimento. Ribeira informa que, por isso, são feitas duas convocações. Na primeira é exigido o quórum mínimo de 51% do funcionalismo e na segunda, os presentes, independente da quantidade, tomam a decisão por toda a categoria.



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