Postado em quarta-feira, 8 de maio de 2013
às 22:59
Casa de promotor no centro de Alfenas é lacrada pela prefeitura
A prefeitura lacrou uma residência no centro de Alfenas, que vinha sendo usada como refúgio para uso de drogas, relações sexuais e consumo de álcool.
Da Redação
A prefeitura lacrou uma residência no centro de Alfenas, que vinha sendo usada como refúgio para uso de drogas, relações sexuais e consumo de álcool. Antes, porém foi feita uma limpeza da área externa do imóvel, que vinha sendo utilizado como “banheiro coletivo” improvisado por pessoas que ficavam no local. O lacre foi feito com a colocação de tapumes de madeira na frente o imóvel, que fica na Rua Amélio Silva Gomes (nº 154) no centro.
A Procuradoria Geral do Município informou à Polícia Militar (PM) que o proprietário da casa é Paulo Arnoldo Junqueira, promotor de Justiça na Comarca de Ibirité. Ele já teria sido notificado formalmente sobre a situação, porém não se manifestou para resolver o problema no seu imóvel. A informação foi repassada à imprensa pelo pelo Tenente Souza, da 18ª Cia Independente da PM.
Intervenção policial
Na última segunda-feira, a PM foi até a residência após solicitação feita pelo chefe de obras da prefeitura, Paulo Aparecido Silvério. Uma equipe de aproximadamente 15 servidores aguardava para o início da limpeza das dependências externas. Uma força-tarefa foi realizada entre servidores de duas secretarias: do Meio Ambiente e de Obras.
Fotos: Gilson Leite/Prefeitura de Alfenas
A casa, que fica na Rua Amélio Silva Gomes, vinha sendo refúgio para uso de drogas e alcool
Mas, na residência, havia algumas pessoas que foram abordadas pelos PMs. Desde o ano passado, a casa vem sendo refúgio de andarilhos, na maioria das vezes pessoas que possuem extensa ficha criminal e utilizam a casa para diversas finalidades: consumo e tráfico de drogas, consumo excessivo de álcool e até relações sexuais no alpendre, o que pode ser visto por quem passa pela rua.
O corredor lateral e o alpendre da casa vinham sendo utilizados como banheiro coletivo, o que gerava transtornos aos vizinhos.
Abordados
Na segunda-feira, para que os servidores iniciassem o trabalho no local, a PM teve que fazer a desocupação de quatro pessoas: Wander Leal, 31 anos, que possui diversas passagens por furto e apropriação indébita; John Lenon Gaspar de Carvalho, 20 anos, passagem por furto; Alexandre Brando Mielle Finocchio, 33 anos, passagem por tráfico de drogas e Maria Izabel Francelino, 43 anos.
Fotos: Divulgação
O Tenente Souza observa o imóvel após a limpeza realizada na última segunda-feira
Segundo a PM, todos estavam pernoitando no alpendre da casa. Durante a madrugada, era comum gritaria e brigas, o que incomodava os vizinhos. Foi feito o convite para que as pessoas abordadas se abrigarem no albergue municipal, porém foi recusado por todos.
Somente após a desocupação, os funcionários da prefeitura fizeram uma limpeza completa, retirando o lixo, mato, fezes humanas, dentre outros detritos que geraram “ânsia de vômito” nos servidores municipais. Um caminhão pipa, equipado com uma mangueira de alta pressão, foi usado na limpeza de toda área externa.
Desde o ano passado, a PM vem realizando rotineiramente a abordagem de pessoas refugiadas na casa. Três Registros de Evento de Defesa Social foram confeccionados neste período. Em um deles houve a prisão de João Carlos Leal, 44 anos, o qual havia um mandado de prisão em aberto.
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