Postado em domingo, 17 de setembro de 2017
às 13:01
Pesquisadores de Alfenas estudam uso de videogames no tratamento de AVC
Um grupo de pesquisadores da Unifal está estudando como a realidade virtual pode ajudar no tratamento de pacientes que tiveram os seus movimentos comprometidos pelo AVC.
Da Redação
Um grupo de pesquisadores da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) está estudando como a realidade virtual pode ajudar no tratamento de pacientes que tiveram os seus movimentos comprometidos pelo acidente vascular cerebral (AVC).
A ideia é melhorar a locomoção dos pacientes usando os estímulos cognitivos disponíveis em jogos de realidade virtual, associados ao uso de um eletroencefalograma acoplado na cabeça. É o que revela a reportagem da jornalista Thuany Motta, do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, publicada no último sábado (16).
A pesquisa avaliou a influência da técnica em dois aspectos: 1) o desempenho dos pacientes em questões que envolvem a mobilidade e as atividades do cotidiano e 2) a participação desses pacientes em atividades como lazer, trabalho e estudo, além da relação interpessoal.

Um total de 27 pacientes, com idades variadas, colaboraram com a pesquisa. Eles foram divididos em dois grupos e avaliados durante três meses.
Enquanto um grupo de pessoas foi submetido a movimentos utilizando os jogos de realidade virtual, o outro executou a mesma tarefa, mas sem interagir com o videogame. Toda mobilidade foi monitorada por um aparelho de encefalograma.
A fisioterapeuta Miqueline Dias, que integra o grupo de pesquisa, disse à reportagem do jornal da capital mineira que foi possível observar que os pacientes de um dos grupos (o que utilizou os jogos virtuais) tiveram áreas do cérebro mais ativadas quando se relacionava com os jogos virtuais. Isso significa que o cérebro era mais exigido durante a atividade.
De acordo com a pesquisadores, esses dados servirão para que os profissionais da área da saúde possam determinar, com mais precisão, os melhores exercícios de reabilitação para cada paciente. Isso tudo levando em consideração as regiões cerebrais mais utilizadas. “Devemos considerar que cada pessoa tem um grau de deficiência motora diferente da outra. Nem sempre um mesmo exercício fisioterápico vai servir para todos”, explicou.
Os dados coletados com o estudo estão sendo analisados para serem publicados até o fim deste ano. A ideia é transformá-lo em estatística o que facilitará iniciativas de tratamento na rede pública. As informações são de O Tempo.
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