Postado em terça-feira, 6 de junho de 2017 às 23:11

Prefeito assina acordo com o MP para o fim da “gestão compartilhada”

O convênio com a Santa Casa para terceirização de profissionais deverá ser extinto até junho do ano que vem.


Alessandro Emergente

Um termo de ajustamento de conduta (TAC), assinado pelo prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho/PT), determina o fim da gestão compartilhada na área da saúde. O convênio com o Hospital Santa Casa (HSC) para terceirização de profissionais que atuam no SUS, em vigor desde 2011, deverá ser extinto até junho do ano que vem.

No início de abril, o Alfenas Hoje mostrou que o Ministério Público (MP) havia feito uma recomendação ao governo para que nomeasse os aprovados em concurso público, realizado em 2016, para a área da saúde. O entendimento do MP é que a “gestão compartilhada” viola os princípios e as regras do concurso público. Seria uma saída jurídica para contratar por meio da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e não nomear servidores públicos efetivos – ou seja, por meio de concurso público. 

Com a TAC, assinada pela promotora de Justiça, Gisele Martins Araújo, o inquérito civil público aberto para investigar o caso fica suspenso. A atual administração do município tem até 30 de junho de 2018 para revogar a Lei Municipal n˚ 4.625/2011, que autorizou a “gestão compartilhada”, e consequentemente o convênio com o HSC.

A promotora Gisele Araújo, responsável pelo inquérito que investiga o caso (Foto: Alessandro Emergente)


Nesse período, o governo terá que fazer gradativamente a substituição dos funcionários terceirizados, via Santa Casa, por aprovados em concurso público. A lista de profissionais inclui nutricionistas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, fonoaudiólogos, farmacêuticos, dentistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, auxiliares de enfermagem, atendentes em farmácia e atendentes em consultório odontológico.

Para que não haja descontinuidade nos serviços, as substituições dos profissionais serão feitas gradualmente. Por isso, o prazo de 12 meses para revogação da lei e do convênio entre Prefeitura e HSC. Mensalmente, a partir do próximo dia 30, a administração municipal encaminhará uma lista ao MP informando as substituições de profissionais. Caso o governo descumpra as medidas previstas no TAC, a multa é de R$ 1 mil por dia de atraso e por profissional mantido e admitido irregularmente.



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