Postado em quinta-feira, 25 de maio de 2017

Pior fase do Cruzeiro em 2017 coincide com período de ausência de Cabral

Volante argentino desfalcou a Raposa por 32 dias, entre abril e maio, por causa de uma cirurgia na região pélvica, quando time teve queda de rendimento, perdeu o Mineiro e caiu na Sul-Americana


Ariel Cabral é muito importante para o Cruzeiro. O volante argentino tem sido um dos jogadores mais regulares na temporada, com funções defensivas e ofensivas, e fez muita falta quando esteve ausente. Ele desfalcou o time por seis jogos, durante pouco mais de um mês, entre 19 de abril e 21 de maio, e, coincidência ou não, aquela foi a pior fase da Raposa em 2017. Com Ariel Cabral em campo, o Cruzeiro conseguiu 14 vitórias, cinco empates e uma derrota em 20 jogos, o que representa 78,33% de aproveitamento. Sem ele, foram seis vitórias, dois empates e duas derrotas, ou 66,67% dos pontos. Ariel Cabral fez um gol este ano.

A frieza dos números, porém, não consegue mensurar a falta que Ariel fez para o Cruzeiro nas finais do Campeonato Mineiro e na eliminação para o Nacional-PAR, na Copa Sul-Americana. O time perdeu força de marcação e poderio ofensivo. O comentarista Henrique Fernandes, da TV Globo e do SporTV fala do que o Cruzeiro ganha com o argentino em campo.

- A característica diferente do Ariel é a capacidade de passe na saída de bola e na faixa central do campo. É um jogador de compasso, que ajuda a definir o ritmo do jogo. Sem a bola, o argentino tem bom posicionamento e sempre aparece como opção para facilitar o jogo do Cruzeiro. É isso que Mano exaltou na última entrevista coletiva e é o que definirá a volta dele ao time.

Para Henrique Fernandes, Ariel consegue ler bem o jogo e tem características que ajudam no crescimento do futebol de companheiros de time.

- O diferencial do Ariel na briga por um lugar no meio-campo do Cruzeiro é a característica dele, que é diferente de Hudson e Henrique. Lucas Silva é um jogador que se assemelha, mas pelo que vimos nos jogos não está no mesmo nível de 2013 e 2014. Pode ser que alcance futuramente, mas hoje Ariel está a frente e deve jogar por ser complementar ao outro volante titular do time, provavelmente Henrique.

A falta de Ariel Cabral nos seis jogos em que passou por uma cirurgia de drenagem por um trauma na região pélvica foi muito grande, segundo Henrique Fernandes. O comentarista lembra também outros problemas enfrentados pelo time justamente no momento mais decisivo do primeiro semestre.

- Sem dúvidas, Ariel fez falta nos últimos jogos, embora o jogador que o Cruzeiro tenha sentido mais a ausência recente tenha sido Robinho. A saída dele repentina do time levou o Cruzeiro a buscar uma readaptação no meio-campo. Henrique ainda voltava de lesão quando Ariel saiu, e também sentia falta de ritmo. A ausência do argentino pesou principalmente na final contra o Atlético, jogo de maior exigência contra um adversário que mudou sistema e postura. Quanto mais rapidamente o Cruzeiro se adequasse a "nova" maneira de jogar do Atlético, mais teria chance de vencer o rival na decisão. Com o coração do time, o meio-campo, tão mexido pelas lesões, essa tarefa tornou-se mais difícil.

O Cruzeiro volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), quando enfrenta o Santos, na Vila Belmiro, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Ariel Cabral pode voltar ao time titular depois de 39 dias.

Globo Esporte



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