Postado em quarta-feira, 17 de julho de 2019
às 18:06
Futebol Saudade: Master do Alfenense na década de 1970 e 1980
O repórter esportivo Otávio Borba fez uma análise com lembranças da equipe máster que alegrava a cidade nos anos 70 e 80.
Por Otávio Borba
Alfenas foi uma cidade que sempre respirou esporte, principalmente futebol. E se aproximando de completar 150 anos de emancipação, continuo lembrando algumas equipes do passado, sendo na sua maioria amadores.
E quem alegrava as tardes do campo do Alfenense Futebol Clube aos sábados à tarde era este time aí (na foto). De vários segmentos da sociedade, o Alfenense Máster de vez em quando fazia alguns jogos amistosos, mas o forte mesmo era a pelada de sábado.
Por muitas vezes completei o confronto aos sábados, ora por um time, ora por outro. Dependia do placar, pois naquela época era jovem e vendia disposição e vontade de jogar bola. Sempre era requisitado e guardo com orgulho a oportunidade de ter feito parte, mesmo que esporadicamente deste seleto grupo.
E o bom mesmo vinha depois do jogo. Era a confraternização. Muitas vezes no bar do Sr. Juquinha, subindo a Rua Silviano Brandão, com direção ao Prefeitura. Outras vezes era no sítio do saudoso Professor Edson Velano. Que saudades destes bons tempos.
O time da foto tem em pé o médico Dênis Magalhães, jogava no meio campo e tinha intimidade com a bola. A seguir, Flamarion Landre Diogo, farmacêutico bioquímico do Laboratório da Santa Casa. Era pura vontade e disposição. Se não dava na bola, ia no corpo mesmo. No gol, está Tomaz, mais conhecido por Tomazinho Doceiro (e não Pascoalzinho Doceiro como informado anteriormente). Tinha suas limitações, inclusive no tamanho e na reposição de bola, mas era e é a simplicidade em pessoa. Educado e cordial ao extremo.
Dando sequência, Marcinho do INSS. Jogava na zaga, no meio e até mesmo no ataque. Corria feito uma flecha. Se foi de Alfenas há muitos anos. Ademir Nogueira Bayão, já falecido, era o xerife da zaga. Comandava o sistema defensivo na bola e quando não, no grito e até mesmo em entradas viris. Benjamim Leite Prado, " Sô Beijinho", como era carinhosamente chamado pelos amigos, também saudoso, é o próximo. Era uma diversão vê-lo jogar. Brincava com tudo e com todos, principalmente quando se corria demais perto dele. Roberto, goleiro. A calma em pessoa. Depois vem Dalmo, também falecido. Foi funcionário por muitos anos na Unifenas (Universidade José do Rosário Velano). Jogava com seriedade, mais na defensiva. Não era muito de atacar não. Ficava quietinho na sua.
Agachados, vem Jairo Miranda. Quebrava o galho com disposição em todas as posições. Em seguida, o saudoso Professor Edson Velano. Se no campo mostrava certa inibição, fora deles mudou o rumo de Alfenas com o advento da Feta (Fundação de Ensino e Tecnologia de Alfenas) e em seguida Unifenas, referência na educação no Brasil e para coroar o Hospital Universitário Alzira Velano. Homem de ilibada moral e caráter intocável. Um poço de bondade e caridade. Ao lado de Velano, Boaventura Passos Vinhas, o Turinha. Médico, jogador, diretor e ex-presidente do Alfenense. Foi secretário de Esportes por três mandatos em Alfenas. Outro de grande coração, sempre à disposição dos que dele necessitam. Hoje já alcançou mais de 35 mil partos na sua bela missão de trazer vidas ao mundo. E foi com ele titular da Secretaria de Esportes, que Alfenas conseguiu o seu único título da Taça EPTV de Futsal em 2010.
Logo após Tura está o despachante Antônio de Paula Martins Filho, o Tó. Centroavante trombador que dava trabalho para os zagueiros. E na ponta esquerda, o último agachado, o também saudoso Mizael Dias, o Miza do Sr. Duca. Falecido há cerca de dois anos. Sujeito bondoso e divertido. Também jogou no Alfenense nos anos 60 e 70, mas optou por estudar e também se formou como farmacêutico bioquímico do Laboratório da Santa Casa, amigo e parceiro de serviço de Flamarion e Rubinho Bueno.
E assim, contamos mais um pouco da história passada da nossa querida Alfenas rumo aos seus 150 anos, onde o prefeito Luiz Antônio da Silva (Luizinho) está buscando de todas as maneiras possíveis resgatar com a colaboração de todos, nossas lembranças, não apenas no futebol, mas em todos os setores que formaram esta bela cidade.
*Errata: O texto havia informado inicialmente que o nome do goleiro na foto era Pascoalzinho, mas o correto é Tomazinho Doceiro. A informação foi corrigida após a ser alertada sobre o equívoco pelos leitores aos quais agradecemos pela colaboração.
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