Postado em segunda-feira, 15 de agosto de 2016 às 13:23

Exportações deixam de ser saída para a crise com a valorização do real

A valorização do real pegou a indústria brasileira de surpresa.


Do FAEMG

 

A valorização do real pegou a indústria brasileira de surpresa. Soou como “presente de grego” a depreciação do dólar desde o início do ano, que empurra para baixo a competitividade das empresas nacionais, tanto no mercado externo quanto no interno.

Neste ano, a moeda americana saiu do patamar próximo de R$ 4,20, em janeiro, para R$ 3,14, ontem. A queda de aproximadamente 25% na cotação jogou uma ducha de água fria no setor produtivo, que, apostando na continuidade da alta do dólar ante o real do ano passado, promoveu uma reorganização e passou a enxergar o mercado externo como válvula de escape para uma das mais profundas crises econômicas, senão a mais profunda, da história do Brasil.

Entre os empresários, o sentimento é um misto de frustração e preocupação.

“Depois de um período terrível, começamos a experimentar uma fase de mudança, com um dólar mais favorável. A moeda estava ajudando, inclusive, na exportação de manufaturados, que são produtos com maior valor agregado. Mas infelizmente esse alívio foi interrompido”, diz o presidente do Conselho de Política Econômica da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves Fernandes.

Segundo ele, muitas empresas fizeram planos imaginando que o dólar estivesse muito mais próximo de R$ 4 do que dos R$ 3, como hoje.

“A valorização do real corrói o resultado das exportações, especialmente em um cenário de desestruturação do parque (fabril) brasileiro”, afirma. No primeiro semestre do ano, a indústria mineira acumula um tombo de 11% no faturamento.

Para Fernandes, também não “cola” o discurso de que o câmbio sirva de instrumento de controle inflacionário. “Tenho ouvido isso de entes do governo Temer. Mas isso é perigoso. Na verdade, o dólar nesse patamar gera uma perda do potencial de retomada do emprego”, diz.

O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil de Minas Gerais (Sindimalhas), Flávio Roscoe, também condena a desvalorização da moeda americana frente ao real.

“Isso é péssimo porque sofremos dos dois lados. Perdemos espaço lá fora para o produto da China, nosso principal concorrente, e também perdemos o clientes no nosso próprio mercado”, lamenta. O planejamento financeiro das companhias também é prejudicado, uma vez que os preços calculados e feitos nas pré-vendas são afetados.

 

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FAEMG



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