Postado em terça-feira, 4 de setembro de 2018 às 11:19

ONG diz que Rússia atacou enclave rebelde de Idlib, na Síria

ONU já alertou para risco de crise humanitária na província de Idlib, último grande bastião rebelde na guerra...


O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou nesta terça-feira (4) que a aviação de guerra russa bombardeou várias zonas da província de Idlib, último grande bastião rebelde na guerra. O ataque, que ainda não foi confirmado por outras fontes, ocorre depois de uma pausa de 22 dias.

A ONG, que tem sede em Londres, informou que os jatos russos realizaram cerca de 30 bombardeios em cerca de 16 áreas controladas pelos rebeldes nas montanhas da província de Latakia e na planície de Sahl al-Ghab, no oeste de Idlib.

Essa é a última região síria que Damasco não controla. Cerca de 60% da província está dominada pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, formado por ex-membros da Al-Qaeda), e também há múltiplas milícias rebeldes.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para o risco de uma catástrofe humanitária na região a um nível ainda não visto na guerra civil síria que já dura sete anos. Cerca de três milhões de civis estão na província fronteiriça com a Turquia.

Há dias, o governo Bashar al-Assad reúne reforços para uma ofensiva, que pode ser a última batalha de envergadura na guerra que assola a Síria desde 2011 e que já deixou mais de 350 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.

Rússia x EUA

Na terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a fazer um apelo para que o presidente sírio, Bashar al-Assad, e seus aliados Irã e Rússia a não atacar irresponsavelmente a região. "Centenas de milhares de pessoas morreriam. Não permitam que isto ocorra!".

O governo russo criticou a declaração de Trump. "Apenas falar em alertas, sem levar em consideração o potencial negativo e muito perigosos para toda a situação na Síria, provavelmente não é uma abordagem completa e abrangente", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.


Foto aérea feita por drone mostra parte da cidade de Idlib, na Síria, em 8 de junho de 2017 (Foto: Reuters/Ammar Abdullah/File Photo)



Porém, ele não quis comentar a informação de que aviões de guerra russos bombardearam Idlib nesta terça. O Ministério russo da Defesa também não se pronunciou.

Segundo Peskov, as Forças Armadas sírias "se dispõem a resolver" o problema do "terrorismo" em Idlib. "A situação em Idlib continua preocupando Moscou, Damasco, Ancara e Teerã. Formou-se um núcleo de terrorismo, e isso desestabiliza a situação", afirmou.

Para o porta-voz, a situação na região "mina os esforços para alcançar uma solução político-diplomática" no país e representa "uma ameaça importante" para as bases militares russas no país.





Fonte:G1



Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo