Postado em quinta-feira, 21 de agosto de 2014 às 10:44

Professora contesta registro de candidatura a deputada estadual e registra BO

A candidatura teria sido registrada contra a sua vontade, segundo a ocorrência registrada.


 Alessandro Emergente

Uma filiada ao PT de Alfenas registrou um BO (Boletim de Ocorrência) depois que seu nome foi publicado, no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), como candidata a deputada estadual pelo partido. A candidatura teria sido registrada contra a sua vontade, segundo a ocorrência registrada. A direção do PT informou que o problema já foi solucionado.

Kellen Cristina de Oliveira, 38 anos, foi procurada pela direção do Partido dos Trabalhadores em Alfenas, que fez o convite para que ela integrasse a chapa petista. Alegou, no boletim de ocorrência, não ter aceito, porém alguns dias depois recebeu um SMS confirmando a sua candidatura.

Na página de divulgação de candidatos, mantida pelo TSE, o nome de Kellen aparece com a indicação de renúncia à candidatura. Nesta quinta-feira (21) termina o prazo para que o TRE/MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais) julgue todos os pedidos de registros de candidatos e, somente após essa decisão, é que o nome de Kellen deverá sair da página do TSE. 

O nome de Kellen foi parar na página do TSE (Imagem: Reprodução/TSE)

Por telefone, Kellen confirmou à reportagem que não chegou a aceitar o convite e, por isso, não pediu o afastamento de seu cargo como professora da rede pública de ensino em Alfenas. Disse que registrou o BO para se resguardar profissionalmente, uma vez que se fosse candidata teria que ter deixado a função, o que deveria acontecer seis meses antes da eleição. 

A professora disse que é filiada ao PT há cerca de quatro anos e que, apesar do erro ocorrido, o episódio não afetou a sua boa relação com a direção do partido em Alfenas. Enfatizou que o registro do B.O foi uma orientação jurídica para que ela se resguardasse profissionalmente.

Direção do PT

De acordo com a presidente do PT de Alfenas, Tani Rose Ribeiro Peret Morais, o partido precisava de candidatas inscritas na chapa para completar o percentual mínimo exigido pela legislação eleitoral. Deve ser registrado na chapa, no mínimo, 30% de candidatos de um dos sexos – o percentual majoritário normalmente é composto por homens.

Ainda segundo a presidente do PT/Alfenas, Kellen aceitou, num primeiro momento, a compor a chapa para ajudar a legenda, mas desistiu logo na sequência. Porém, neste período, o diretório local já envia encaminhado o nome de Kellen para compor a relação de candidatos a uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Apesar disso, Tani Rose disse que, assim que Kellen manifestou-se pela desistência, os procedimentos para cancelar o seu pedido de registro de candidaturas foram adotados. Porém, devido o trâmite burocrático o nome de Kellen foi parar na página do TSE. Segundo a presidente do PT, uma filiada de Belo Horizonte aceitou compor a chapa no lugar de Kellen e não houve prejuízo para a legenda.



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