Postado em sábado, 22 de março de 2014

Justiça revoga prisão preventiva de acusado de participação em assassinato

A Justiça revogou a prisão preventiva de Luís Fernando Marques Malich, que responderá o processo em liberdade.


 Alessandro Emergente

A Justiça revogou a prisão preventiva de Luís Fernando Marques Malich, 29 anos, que deixou o Presídio de Alfenas e responderá o processo em liberdade. A informação foi dada pelo advogado do réu, Joselito de Souza (Lito), em entrevista coletiva na manhã dessa sexta-feira.

Malich foi indiciado pela Polícia Civil por participação no assassinato do pedreiro Ederson Vieira, morto à facadas no dia 18 de janeiro. O suspeito estava preso desde o mês passado, quando foi localizado em São João da Boa Vista (SP) em uma clínica de recuperação, onde estava internado devido ao alcoolismo.  

Além do homicídio consumado, as investigações da Polícia Civil também apontaram a participação do rapaz na tentativa de assassinato de outras duas pessoas. O autor das facadas foi, de acordo com as investigações, o garçom Marcos da Costa Santos, 37 anos, que está foragido.   

Malich durante a reconstituição do crime (Foto: Alessandro Emergente/Arquivo)

O pedido de revogação da prisão preventiva foi concedido na quinta-feira pela Justiça e Malich deixou o Presídio nessa sexta-feira. Segundo o advogado de defesa, o rapaz deve retornar para o interior de São Paulo para continuar o tratamento contra o alcoolismo e permanecerá à disposição da Justiça. 

Prisão preventiva

A prisão preventiva foi decretada com base no artigo 312 do Código Penal (CP), que entre outras coisas prevê a garantia da ordem pública por “conveniência da instrução criminal”. Mas Lito argumenta que Malich nunca tentou fugir e que estava na clínica em tratamento à espera de uma convocação da Polícia Civil para prestar esclarecimentos.

Segundo o advogado, em momento algum os policiais foram até a residência da família de Malich, no Jardim Aeroporto, para convocar o suspeito. “Ele (Malich) estava na clínica esperando ser chamado. Em momento algum, ele fugiu”, afirma. 

O advogado Joselito de Souza, que atua na defesa de Malich (Foto: Alessandro Emergente)

De acordo com Lito, o seu cliente foi internado dia 20, dois dias após o crime, por decisão de seus pais. Afirmou que o rapaz já tinha sido internado anteriormente, de maio a novembro de 2011. 

Defesa

O advogado de Malich disse que seu cliente foi coagido por Marcos Santos a retornar até o local, onde houve o assassinato. Ele mostra trechos das gravações, feitas pelo sistema de segurança de uma loja, em que Malich demora para sair do táxi e teria sido convencido por Santos.

Em outro momento do vídeo, Ederson Vieira é esfaqueado e cai. Neste momento, Lito aponta que seu cliente está caído, após apanhar de várias pessoas. O advogado disse que Malich ficou desacordado, o que também teria acontecido momentos antes em frente a distribuidora de bebidas 24 horas. Por isso, alega que Malich foi vítima de duas lesões corporais graves.

Joselito de Souza disse que seu cliente também trabalhou como garçom e que, por isso, conheceu Santos em um restaurante de Alfenas. Mas nega que eles eram amigos. Disse que os dois eram “apenas conhecidos” e que se encontraram durante madrugada em que houve o assassinato.



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