Postado em quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Sindicato acusa assédio moral e nepotismo na prefeitura e diz que oficializará denúncia
O sindicalista Vagner Soares, um dos diretores do Sindicato dos Servidores, fez graves acusações contra o atual governo.
Alessandro Emergente
O sindicalista Vagner Soares, um dos diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas (Sempre Alfenas), usou a tribuna da Câmara Municipal, na noite de segunda-feira, para fazer graves acusações contra o atual governo. Disse que há “assédio moral” e “nepotismo” na gestão do prefeito Maurílio Peloso (PDT).
Soares disse, na tribuna, que o Sindicato irá oficializar a denúncia junto à Câmara Municipal e ao Ministério Público (MP). “O Sindicato está denunciando assédio moral e nepotismo. Quer investigar?”, disse se dirigindo aos vereadores.
O sindicalista não apontou quais os casos de nepotismo e afirmou que, na plateia, havia um funcionário público municipal afastado, que está sofrendo assédio moral. “É esse o prefeito que cuida do servidor?”, questionou ao referir-se a campanha eleitoral de 2012, quando Maurílio defendeu a valorização do funcionalismo.
Formalização da denúncia
Alguns vereadores como o presidente da Câmara Municipal, Hemerson Lourenço de Assis (Sonzinho/PT), Elder Martins (PROS) e Jairo Campos (Jairinho/PDT) solicitaram ao sindicalista que formalize a denúncia para que o Legislativo tenha em mãos o caso para uma possível apuração.

terceira vez este ano (Foto: Alessandro Emergente)
Plano de carreira
Elder também pediu ao Sindicato o encaminhamento da proposta do plano de carreira elaborado pelo Sempre Alfenas e entregue a atual administração do município. Avalia que o Legislativo tem condições de articular junto ao governo a adoção de itens da proposta.
O novo plano de cargos e salários do funcionalismo sugerido pelo Sindicato veio à tona, quando Soares comentou que o Sempre Alfenas e a comissão de servidores se reuniu com o governo na tarde de segunda-feira. O posicionamento da administração não agradou os sindicalistas.

plenário e retornaram minutos depois (Foto: Alessandro Emergente)
Um dos itens que desagradou os representantes do funcionalismo foi o de que o governo não deve conceder aumento real aos servidores no ano que vem – apenas o reajuste com base na inflação. O Sindicato propõe um piso salarial de R$ 1.085,00.
O sindicalista também criticou o pagamento em datas diferenciadas para efetivos, comissionados e contratados. Estes últimos, segundo ele, ainda não receberam os vencimentos de novembro e disse acreditar que devem ser dispensados em dezembro. “Esse é o presente de Natal”, disse o sindicalista que usou a tribuna da Câmara pela terceira vez este ano.
Sessão legislativa
Durante a reunião legislativa de segunda-feira, a Câmara Municipal aprovou seis novos projetos de lei, sendo dois em votação final. Entre as proposições aprovadas estão a que fixa o orçamento do município para 2014 em R$ 192,3 milhões e o plano plurianual para o período de 2014 a 2017.
A obrigatoriedade de instalação de armários individuais para alunos nas escolas públicas e privadas está prevista em um dos projetos que estava na pauta. Mas a votação foi adiada por 21 dias após um pedido de vista feito por Elder.
O professor do curso de farmácia da Unifal (Universidade Federal de Alfenas), Ricardo Rascado, usou a tribuna para comentar sobre o descarte inadequado de medicamentos na cidade, alvo de uma pesquisa desenvolvida na instituição. A fala do professor foi devido a um projeto de lei, aprovado em primeiro turno, que cria regras para o descarte de medicamentos vencidos.
Clima tenso
Um dos momentos tensos da reunião foi protagonizado pelos vereadores Enéias Rezende (PRTB) e Francisco Rodrigues da Cunha Neto (Prof. Chico/PDT), líder do governo da Câmara Municipal. Ao criticar o atual governo, Enéias disse que o prefeito não estabelece diálogo com os vereadores nem mesmo com o líder do governo.

que terminou com pedido de desculpas (Fotos: Alessandro Emergente)
Enéias afirmou que as intermediações do líder do governo junto ao prefeito não produzem resultados e foi além ao dizer que Maurílio havia dito que o Prof. Chico “não manda em nada”. O pedetista reagiu e, quando discursava, Enéias deixou o plenário e só retornou após a fala do Prof. Chico.
No final da reunião, Enéias pediu desculpas ao líder do governo por ter se excedido e o ofendido, o que foi aceito pelo pedetista. Os demais vereadores aplaudiram o pedido de desculpas.

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