Postado em sábado, 7 de maio de 2011
Parceria com universidades salvará árvores centenárias
Uma parceria iniciou um trabalho de recuperação de árvores centenárias da Praça Getúlio Vargas.
Da Redação
Uma parceria entre a prefeitura de Alfenas e as duas universidades da cidade iniciou um trabalho de recuperação de árvores centenárias da Praça Getúlio Vargas. As ações fazem parte da campanha “Vamos salvar nossos Ficus” que está sendo coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.
A equipe de trabalho inclui profissionais especializados da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) e da Unifenas (Universidade José do Rosário Vellano). A campanha integra o “Programa Centro Revitalizado”, que inclui a restauração total da praça.
Ao todo, são 54 árvores centenárias da espécie ficus que estão sendo recuperadas. As espécies plantadas em toda a extensão da praça são cipreste piramidal, pingo d’ouro, coqueiro, espatódea, fícus, goiaba, hibisco, ipê amarelo, palmeira imperial, palmeira fênix, palmeira jerivá, palmeira leque, palmeira caryota, pau Brasil e pitanga.
Anos 90
Até a década de 90, as árvores da espécie “ficus microcarpa” eram podadas seguindo o estilo francês, que impunha cortes simétricos (iguais) e geométricos em seus galhos.
Com a morte prematura de algumas dessas espécies decidiu-se na época interromper esse tipo de poda, partindo assim, para padrões de ajardinamento menos rígidos do que o estilo europeu.
De acordo com a prefeitura, acreditava-se que a causa dessas mortes fosse o “stress” provocado pelas podas. Desde então, os galhos não foram mais podados. Porém, as mortes não foram interrompidas.
Parceria
Com o objetivo de preservar o patrimônio público, a assessoria de imprensa da prefeitura de Alfenas firmou parceria com a Unifal e a Unifenas para a recuperação das árvores danificadas.
O engenheiro florestal Ademar Vilhena dos Santos, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, e a estagiária e estudante de agronomia Laís Modesto coordenam a equipe responsável para recuperação das árvores, formada por três colaboradores: o professor de agronomia Paulo Roberto Correa Landgraf, da Unifenas; do fisiologista vegetal, Breno Régis Santos e do geneticista Sandro Barbosa, ambos da Unifal.
Etapas
Os trabalhos para diagnosticar os problemas encontrados nas árvores começaram no início de março e foram divididos em quatro fases. Na última etapa, as árvores foram divididas em oito canteiros e retiradas no total três amostras do solo de cada canteiro, para melhor precisão de resultado e encaminhadas para análise laboratorial.
Para Laís Modesto, é importante frisar que esta é uma tentativa de recuperação das árvores, mas o resultado depende da reação do vegetal. No caso de deficiência do solo é mais fácil o tratamento, agora, caso se trate de um vírus é mais complicado, explica a estagiária.
De acordo com o professor fisiologista vegetal, Breno Regis, existe a grande possibilidade de o problema ser de ordem nutricional. “Estamos realizando a análise do solo para complementação e suprirmos a deficiência. O resultado de nosso empenho será a médio e longo prazo”, observa.

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