Postado em sábado, 16 de outubro de 2010
Aliados de Dilma Roussef miram o Sul de Minas em busca de voto
A coordenação da campanha de Dilma Roussef (PT) em Minas mirou o Sul de Minas como um dos alvos nesta reta final.
Alessandro Emergente
Na tentativa de reverter o quadro desfavorável no Sul de Minas, a coordenação da campanha de Dilma Roussef (PT) em Minas Gerais mirou o Sul de Minas como um dos alvos prioritários da campanha.
A região é tida como um dos redutos eleitorais de José Serra (PSDB) no Estado e a tentativa é reverter este quadro. Só para se ter uma ideia Dilma perdeu em todas as cidades com mais de 50 mil eleitores. Nesta lista estão duas as duas das três maiores cidades do Sul de Minas e que são governadas pelo PT: Varginha e Pouso Alegre.
Em Alfenas, também governada pelo PT, o resultado não foi diferente. José Serra teve 20.026 votos contra 15.230 de Dilma. Marina Silva (PV) obteve 5.741.
Esta semana, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em férias para integrar a coordenação nacional da campanha petista, e o ex-ministro da pasta Walfrido Mares Guia, encarregado de contatos com lideranças em Minas, viajaram até a região para cumprir agenda de reuniões com prefeitos e vereadores.
Foi em São Lourenço, na sexta-feira, a primeira reunião dos enviados de Dilma. Na cidade a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou com o terceiro lugar.
De acordo com reportagem do Correio Braziliense, a estratégia é reforçar o pronunciamento feito por Padilha, em Belo Horizonte, depois de encontro organizado pelo PMDB, com a participação do vice na chapa da petista, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP).
Segundo a reportagem do jornalista Leonardo Augusto, o discurso foi em resposta a José Serra, que, na quinta-feira passada, durante ato de campanha em Belo Horizonte, afirmou, por sugestão do ex-governador Aécio Neves (PSDB), que, se eleito, vai rever o funcionamento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Temer afirmou não acreditar em uma migração de prefeitos para o lado tucano. "Esse risco não existe, pois 93% do diretório nacional do PMDB acompanha o posicionamento do partido", disse o presidente da Câmara. Ele acredita que os chefes de Executivo municipal vão acompanhar o diretório.
O peemedebista afirmou ainda ter esperança de que Marina declare apoio ao PT no segundo turno. Conforme o presidente da Câmara, a ex-candidata do PV "tem relacionamento acentuado com integrantes do governo Lula". Temer avaliou que, caso Marina não assuma o apoio à candidatura de Dilma, ficará neutra na disputa.

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