Postado em domingo, 20 de novembro de 2022 às 12:12

Um olhar sobre o envelhecimento populacional

População idosa no país tende a crescer mais do que as outras faixas etárias.


De acordo os dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, que se referem ao ano de 2022, a população com 60 anos ou mais aumentou nos últimos anos no Brasil. Os dados divulgados apontam uma queda na população jovem e o aumento da população idosa. Pode-se observar que está ocorrendo uma transformação na estrutura etária brasileira. O levantamento dos dados e a análise foram feitos pelo projeto de extensão “A Imaginação Sociológica e o Sul de Minas”, do curso de Ciências Sociais da Unifal (Universidade Federal de Alfenas).

Com base nos gráficos populacionais do Brasil, relativos ao Censo de 2010 e a projeção da população de 2022, observa-se que os adultos continuam sendo a base da pirâmide, pelo fato de terem passado por poucas mudanças nos anos analisados. Porém, é possível notar que a faixa etária de 0 a 12 anos possui uma tendência de queda, enquanto a população idosa, pertencente a faixa etária de 60 ou mais, possui tendência de aumento, isso porque estamos nos baseando nas projeções de 2022.

No Brasil, em 2010, a população total era de 190.056.295, com cerca de 21,96% da faixa etária de 0 a 12 anos. Já no ano de 2022 a projeção tende a ser de 214.828.540, em que 17,72% da população representa a mesma faixa etária. A diferença seria de -4,24 pontos percentuais. No ano de 2010 a faixa etária de 13 a 18 anos representava 9,06% e as projeções para o ano de 2022 indicaram 8,42%, que assinalam uma diferença de -0,64. Portanto, nessas faixas etárias haveria decréscimo da representação da população total.

 


Sendo atualmente a base da pirâmide etária, a população adulta representa cerca de 58,14% da população no Censo de 2010 e nas projeções para 2022 de cerca de 58,74%, com um acréscimo em pontos percentuais de 0,59. A população que mais chama atenção no gráfico apresentado é a que se refere a faixa etária de 60 anos ou mais, que teve um acréscimo em pontos percentuais de 4,29, visto que esse grupo em 2010 era de 10,83% e em 2022 as tendências apontam para 15,13% da população.

Semelhante às indicações do Brasil, o Sudeste, por sua vez, também segue as mesmas tendências, com a população considerada adulta e a população idosa crescendo, enquanto a população de crianças e jovens sofrem decréscimos. Na população idosa no Sudeste é assinalado um acréscimo de 5,35 em pontos percentuais, essa tendência segue sendo maior que o acréscimo dessa população analisado no Brasil.

Com isso, podemos também utilizar os dados disponibilizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mostram que o número de idosos cresceu 40% entre 2012 e 2021. Isso demonstra que a população idosa vem crescendo significativamente.

Esse aumento é um fenômeno social de transição demográfica impulsionada pelas modificações nos índices de mortalidade e de fecundidade e, também, de outros fatores. Pela primeira vez, na contemporaneidade, haverá mais idosos no Brasil e esse fenômeno não só é responsável por causar impactos no modo de pensar, mas também nos municípios brasileiros, como o município alfenense.

O envelhecimento da população brasileira necessita de demandas sociais tanto por políticas públicas do Estado e da sociedade. Já que grande parte dos idosos vivem dentro dos centros urbanos.

É importante entender que o aumento na expectativa de vida, em média, pode ser compreendido como um processo positivo, a alta média da população idosa em um local significa que nessa localidade houve um aumento na qualidade de vida.

Apesar dos elementos positivos, é fundamental refletir sobre as mudanças que estão ocorrendo, elas irão impactar as estruturas e o funcionamento de uma sociedade.

Tratando-se de uma ocorrência que acontecerá regularmente e que se refere ao envelhecimento, um elemento do ciclo da vida, por conseguinte, podemos entender como um futuro para todos. É preciso pensar e compreender que um dia você poderá pertencer a esse determinado público.

Dessa forma, questionar e refletir sobre como, hoje, os idosos são cuidados, por meio de políticas públicas do Estado e da sociedade, de certa forma, é lutar por um futuro melhor para si mesmo. Esse texto utilizou como uma de suas referências a reportagem “Número de idosos cresce 40% entre 2012 e 2021”, publicada pela Agência Brasil/EBC. [Clique aqui] 

A próxima matéria irá tratar do aumento no número de idosos pelas projeções de 2020 para a região de Alfenas, em comparação com as projeções de 2021 para Minas Gerais.

 

Projeto Imaginação Sociológica e o Sul de Minas/Unifal

 



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