Postado em quarta-feira, 17 de agosto de 2022 às 16:04

Escritor de Areado publica narrativa fictícia ambientada na década de 1970

A obra abre um debate sobre acontecimentos históricos do Brasil e explora as dimensões filosóficas e psicológicas da condição humana.


 Da Redação

Um velho vendedor de mel, ateu e anarquista; um menino sem futuro, entregue à própria sorte. A aproximação dos dois personagens, em uma amizade improvável, é o ponto de partida de O Velho e o Menino: o Rio, obra de estreia do escritor mineiro José Carlos Martins.

A história é narrada por Manuel, um imigrante português com mais de 70 anos, metódico, franzino e não religioso, por influência do pai, de quem também herdou a tez morena. Um dia aparece um menino, sem obrigação alguma e com acesso livre às casas dos clientes, que passa a ajudar o velho em sua tarefa diária. 

José Carlos Martins, autor da obra, é natural de Areado (Fotos: Divulgação)



Ambientada no ano de 1970, a narrativa oscila entre presente e passado, ao trazer as recordações de Manuel sobre sua infância e de outros tempos tão difíceis quanto aqueles vividos durante a ditadura militar no Brasil. O autor, assim, faz o leitor refletir sobre o status quo em áreas como política e religião.

Não há livre-arbítrio de fato se é preciso prestar contas de nossas atitudes. Não há liberdade real se podemos ser condenados pelo uso inapropriado de uma palavra ou pela prática indevida de um gesto. Liberdade vigiada é uma liberdade condicionada, ou uma não-liberdade.
(O Velho e o Menino: o Rio, p. 44 e 45).

O Velho e o Menino: o Rio nasce de um conto, O Vendedor de Mel, em uma experiência dolorosa e profunda do autor, que ficou adormecida por uma década. O rio, terceiro elemento a intitular a obra, surge para acolher e unir os dois protagonistas. É, também, uma homenagem a João Guimarães Rosa, leitura diária de José Carlos Martins, professor de Letras e advogado aposentado.

Todas as virtudes, a todas as qualidades e a todas benesses de um rio, soma-se uma mais: é lugar bom para chorar. Não se distingue água corrente de lágrima derramada. Tudo se junta, tudo se mistura, tudo se confunde. (O Velho e o Menino: o Rio, p. 88).

Sobre o autor


José Carlos Martins é mineiro, nascido na cidade de Areado, sul de Minas Gerais. Graduado em Letras, ele lecionou por 12 anos. Em 1993 graduou-se em Direito pela Universidade de Alfenas (Unifenas), trabalhou por 25 anos na Justiça do Trabalho e atualmente está aposentado. Casado, tem duas filhas e um neto.

 


Ficha Técnica
Título
: O Velho e o Menino: o Rio
Autor: José Carlos Martins
ISBN: 978-65-87058-05-4
Páginas: 234 páginas
Formato: 22 x 16 cm
Preço: R$ 50,00
Link de venda: Amazon



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