Postado em segunda-feira, 6 de julho de 2015

Em meio à crise, colheita de café reduz estatística de desemprego

Apesar das demissões na indústria e em outros setores, saldo é positivo devido a produção cafeeira.


 Alessandro Emergente

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que apesar das demissões na indústria e nos setores de serviços e de comércio, o saldo de admissões/demissões em Alfenas foi positivo nos primeiros cinco meses do ano. Motivo: a colheita de café que segura a estatística do desemprego.

Segundo o Caged, foram 4.257 admissões contra 3.429 demissões até maio, o que provoca um saldo positivo de 828 vagas de empregos com carteira assinada. Em 1˚ janeiro deste ano, o Ministério do Trabalho registrou 18.257 trabalhadores com empregos formais na cidade.

Ainda, segundo o Caged, nos primeiros cinco meses de 2015 foram admitidos 1.548 trabalhadores na agricultura contra 369 demissões. Um saldo positivo de 1.179 vagas.

A estatística não aponta exatamente o tipo de atividade relativa a agricultura, mas tradicionalmente nessa época do ano a colheita de café provoca admissões, o que justifica os números favoráveis. Com isso, reduz o impacto das demissões em outros setores.

Em entrevista ao jornal O Tempo, publicada no domingo, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Alfenas, Fausto Costa, apontou a produção de café como responsável pelo bom resultado na criação de vagas. No mês de maio, por exemplo, Alfenas gerou 504 vagas, atrás somente de Boa Esperança, com 589 postos formais.

“Historicamente, a colheita do café, que vai de maio a setembro, gera emprego. Aliás, a sua produção está presente em quase 600 municípios do Estado”, observa o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Breno Mesquita. Ele destaca o efeito positivo geração de empregos no agronegócio em outros setores, que acabam se beneficiando.

Os números de junho ainda não foram computados e divulgados pelo sistema do Caged. Nesse período houve a demissão de cerca de 90 funcionários da empresa Cresça Brasil, ligada ao grupo Uol, que fechou a unidade de Alfenas. O novo balanço, incluindo junho, deve ser divulgado nos próximos dias. 



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