Com aperto nas regras, MEC abre inscrições para o Fies

 Da Redação

Com as mudanças na política econômica do governo federal, as regras para acesso ao Financiamento Estudantil (Fies) ficaram mais rígidas. As inscrições para firmar novos contratos começam nessa segunda-feira (23) e vão até 30 de abril.

De 2010 a 2014, primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), o investimento no Fies cresceu 13 vezes, saltando de R$ 1,1 bilhão para R$ 13,4 bilhões, em valores corrigidos. A explosão, nas contas do governo, da política de subsídios - que atingiu as tarifas da energia elétrica e os valores dos combustíveis nas bombas - fez com que a presidente, em seu novo mandato, mudasse o foco da política econômica com um aperto nos investimentos, atingindo o Fies.

As novas regras, instituídas pelo Ministério de Educação (MEC) em novembro do ano passado, restringem ao acesso ao Fies ao desempenho obtido no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A pontuação mínima de 450 pontos e de não tirar zero na redação deve deixar de fora do Fies boa parte de um perfil de alunos, que antes conseguiam o benefício.

Crédito privado

Uma das opções aos estudantes, que ficarem de fora do Fies, é recorrerem a financiamento particular. A Pravaler, por exemplo, atua na linha de créditos universitários e já firmou contrato com mais de 40 mil alunos.

Uma das linhas de financiamento divide o custo da mensalidade em dois, abrindo possibilidade para os alunos permanecerem nas universidades. “O aluno pode pagar a faculdade com uma mensalidade que cabe no bolso. Nossa ideia é permitir que o estudante não adie o sonho da graduação e pós-graduação, o que abre oportunidades para sua evolução profissional”, diz Rafael Baddini, diretor da Ideal Invest.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informou que a Unifenas (Universidade José do Rosário Velano) é uma das instituições conveniadas para que os estudantes tenham acesso ao crédito. Segundo a Ideal Invest, os juros podem chegar próximos a zero em alguns casos devido a uma parceria com as universidades. “Isso só é possível porque a instituição entende que com o programa de juros reduzidos é possível aumentar o acesso ao ensino superior e garantir que os alunos escolham o curso que realmente desejam”, completa Balddini.