Postado em terça-feira, 9 de dezembro de 2014
às 01:47
Servidores já ensaiam greve por causa de pagamentos de salários em atraso
A categoria decretou indicativo de greve, sinalizando que pode paralisar as atividades.
Alessandro Emergente
Os servidores municipais de Alfenas já ensaiam a possiblidade de greve devido aos atrasos no pagamento dos seus vencimentos, o que vem ocorrendo nos últimos meses. A categoria decretou, na sexta-feira passada, indicativo de greve (também chamado de “estado de greve”), sinalizando que pode paralisar as atividades caso o governo mantenha os atrasos.
O mês de novembro dos servidores ainda não foi pago. Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas (Sempre/Alfenas), Wagner Soares, a informação repassada pela administração municipal é que o pagamento só será efetuado na quinta-feira (11), seis dias após o 5˚ dia útil.
O pagamento na quinta-feira não incluirá os funcionários da “gestão compartilhada” da área da saúde. A informação do Sindicato é que a previsão do governo é o pagamento desses servidores somente no dia 15, porém sem um posicionamento oficial da Secretaria de Fazenda.
Escalonamento
A administração municipal tem feito o pagamento de forma escalonada. Primeiro paga os concursados (efetivos), depois comissionados (livre nomeação) e só depois os contratados da “gestão compartilhada”.
Segundo o Sindicato, havia o compromisso do governo em efetuar o pagamento até, no máximo, o dia 3 de cada mês subsequente ao trabalhado. As datas de pagamento da atual gestão romperam com a prática adotada pelo governo anterior de efetuar o pagamento até o dia 30 do mês trabalhado.
No caso dos concursados, esse é o primeiro pagamento após o 5˚ dia útil. Porém, os comissionados e contratados da “gestão compartilhada” têm recebido após essa data, o que fere a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho).
Sobre a segunda parcela do 13˚ salário, Soares disse que não há um posicionamento oficial do governo, porém a previsão informada é que ocorra no dia 22.
“Estado de greve”
O “estado de greve”, termo correspondente a indicativo de greve, foi deflagrado em assembleia geral na última sexta-feira e permanecerá até 22 de janeiro, quando está agendada uma nova assembleia do funcionalismo. Até sexta-feira, o posicionamento oficial era de “estado de alerta”.
O secretário de Fazenda, Miguel Diogo, não atendeu a imprensa na tarde dessa segunda-feira para comentar sobre a situação do pagamento do funcionalismo.
No início do ano, os servidores municipais chegaram a paralisar as atividades durante seis dias. O encerramento da greve se deu após um acordo, prevendo um aumento parcelado de mais 6%.
No primeiro semestre, os servidores chegaram a entrar em greve (Foto: Alessandro Emergente/Arquivo)
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