Postado em quinta-feira, 3 de julho de 2014
Universitários ocupam prédio na Unifal para chamar a atenção do MEC
O movimento é liderado pelo Levantando a Base/DCE (Diretório Central dos Estudantes).
Da Redação
Os universitários ocuparam o prédio “R” da Unifal (Universidade Federal de Alfenas) em um protesto contra o valor destinado pelo Ministério da Educação (MEC) ao auxílio estudantil, considerado insuficiente. O movimento é liderado pelo Levantando a Base/DCE (Diretório Central dos Estudantes).
De acordo com informações postadas pelo DCE, em sua página no facebook, faltam R$ 9 milhões no orçamento da Universidade para que a mesma atenda a demanda de auxílio estudantil. O movimento alega que a situação coloca em risco a permanência de vários de estudantes no ensino superior.
“Há algum tempo o Movimento Estudantil anuncia esse problema, que vai além das esferas do DCE, e até mesmo da Reitoria. Esse é um problema que precisamos resolver com o MEC”, diz.
O objetivo, segundo o Levantando a Base/DCE, é levar as demandas às esferas federais. Lembra que outros movimentos organizados em outras instituições passam por problemas semelhantes e que essas ações são importantes para ajudar a garantir uma melhora do cenário, chamando a atenção do MEC.
“Estamos na luta, buscando uma solução para esse grave problema. Ocupamos a Universidade, para valer nosso direito de permanecer estudando na cidade de Alfenas”, informa.
Estudantes concentrados no prédio do curso de Enfermagem (Foto: Facebook/Reprodução)
O movimento recebeu uma nota de apoio da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais. Em nota, a União dos Estudantes diz que o problema vem levando centenas de estudantes à evasão universitária e a não conclusão dos cursos. Diz que houve a tentativa de estabelecer diversas negociações desde o ano passado.
No facebook, o movimento informou que a escolha do prédio “R”, utilizado pelo curso de enfermagem, foi estratégico. Por isso, os estudantes dizem saber sobre os possíveis problemas ao curso. “Infelizmente, nesse momento, a ideia é interferir no funcionamento da universidade e trazer visibilidade, de forma a buscar respostas sobre a moradia e acelerar a complementação do Pnaes para essa instituição”, explica, referindo-se ao Plano Nacional de Assistência Estudantil.
A assessoria de imprensa da Unifal informou que a Universidade está avaliando o impacto do movimento nas atividades da instituição para definir medidas de operacionalização caso sejam necessárias. A assessoria lembra que a reivindicação visa chamar a atenção do MEC, uma vez que determinadas demandas dependem da esfera federal.
Em julho de 2013, os estudantes ocuparam por seis dias o prédio, utilizado pela reitoria da Universidade. Na época, os universitários já reivindicavam aumento de recursos para a política de assistência estudantil. O local só foi desocupado após uma determinação judicial. Uma liminar foi expedida após um pedido da Advocacia Geral da União (AGU) para a reintegração de posse.
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