Manifestação pedirá penas maiores para crimes contra os animais

Alessandro Emergente

Uma manifestação, prevista para agosto, integra uma campanha nacional por mudanças no Código Penal. Um grupo de pessoas em Alfenas se uniu para organizar a luta por penas mais rígidas para crimes praticados contra os animais.

A 2ª Manifestação “Crueldade Nunca Mais” está marcada para às 10h na Praça Getúlio Vargas do 18 de agosto e não 18 de julho como informado anteriormente pela reportagem. Até o último dia 17, 153 pessoas já haviam confirmado participação através de uma página criada no Facebook especificamente para o protesto em Alfenas. 

Esta é a segunda manifestação nacional. A primeira aconteceu no início do mês em diversas capitais como Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro.

Ao todo, 93 cidades brasileiras terão a manifestação ao longo do dia nessa quinta-feira. Em Nova York, nos Estados Unidos, também está previsto um manifesto, que integra o movimento contra os maus tratos aos animais.

Na internet

Um site da campanha Crueldade Nunca Mais disponibiliza informações sobre o assunto. No endereço eletrônico há, inclusive, um depoimento da modelo Yasmim Brunet (filha da ex-modelo Luíza Brunet) divulgando a campanha pela mudança no Código Penal.

Foto: Reprodução 

No site Crueldade Nunca Mais há uma petição para que as penas para crimes contra animais sejam mais rígidas. O documento pede o aumento da pena máxima, prevista no artigo 391, para seis anos de prisão para atos de crueldades contra os animais. 

A petição também propõe o “aumento rigoroso” das penas para o tráfico de animais silvestres e a fixação de pena mínima de dois anos de prisão para crimes contra a fauna, afastando a possibilidade de transação penal.

No Congresso Nacional, já há um projeto de lei (PL 236/12) tramitando que prevê mudanças no Código Penal. Parte das alterações propostas é em atendimento a um movimento popular nacional em defesa dos animais, que os ativistas querem ampliar.

Casos de crueldade

Casos recentes de crueldade contra animais em Alfenas tiveram repercussão na imprensa regional. Em junho, uma denúncia de zoofilia foi feita nas redes sociais.

No ano passado, outros dois casos chocaram a população. Um homem teria matado os filhotes de uma cadela, que teve o focinho mutilado. Dias antes, um outro homem matou dois cães a pauladas e enterrou os animais no quintal de sua residência. A cachorra, que teve o focinho mutilado, foi adotada por uma voluntária da ONG Saepa (Sociedade Alfenense de Educação para a Proteção Animal) e passa bem.