Postado em quarta-feira, 20 de março de 2019 às 21:09

Novos casos farão o Brasil perder seu certificado de país livre do sarampo

Infecções pelo sarampo no Pará mostram que o vírus segue circulando pelo país. Ministério anuncia medidas para contra-atacar o problema


O Brasil perderá o certificado de país livre do sarampo. O Ministério da Saúde informou à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o registro de um caso de sarampo endêmico no Pará – ou seja, transmitido entre pessoas que moram na região. Com isso, as infecções por esse vírus se estenderam por mais de um ano, o que inviabiliza a manutenção do certificado, emitido em 2016.

O país iniciará um plano com duração de um ano para retomar o status. Em comunicado, o ministro Luiz Henrique Mandetta informou que as taxas de vacinação caíram muito nos últimos anos e precisam voltar ao patamar de 95% de adesão.

“Nosso plano consiste em encaminhar medidas importantes ao Congresso Nacional, como a exigência do certificado de vacinação, não impeditiva, de ingresso na escola e no serviço militar. Reforçaremos, ainda, o monitoramento da vacinação, por meio dos programas de integração de renda e como norma para os trabalhadores de saúde”, disse.

Outra medida é a veiculação de uma campanha, em abril, para estimular a vacinação contra a doença nos estados do Amazonas, Roraima e Pará, que, desde o ano passado, registram a transmissão ativa do vírus. O foco são crianças de seis meses a menores de cinco anos, público mais sujeito às consequências graves do sarampo.

Os primeiros casos dessa infecção foram identificados em fevereiro de 2018. A partir daí, o bloqueio vacinal foi intensificado, com campanhas específicas em Roraima e em Manaus no primeiro semestre. A campanha nacional para as crianças ocorreu em agosto.

Casos atuais de sarampo

De acordo com o Ministério da Saúde, até 19 de março de 2019, 48 episódios de sarampo foram confirmados no Brasil, sendo 20 importados e 28 endêmicos. Dos casos transmitidos entre moradores, 23 foram registrados no Pará e cinco no Amazonas. Em 2018, 10 326 pessoas foram atingidas pela enfermidade.

E atenção: a vacina contra o sarampo deve estar sempre disponível nos postos de saúde.

Esse problema provoca infecções respiratórias, otites, diarreia e doenças neurológicas. Algumas das sequelas são redução da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento. Nos casos mais graves, ele pode matar.


Fonte:Saude



DEIXE SEU COMENTÁRIO

Caracteres Restantes 500

Termos e Condições para postagens de Comentários


COMENTÁRIOS

    Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

     
     
     
     

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos ainda que atualizamos nossa

Estou de acordo