Postado em terça-feira, 15 de maio de 2018 às 08:46

Falta de trigo na Argentina é oportunidade para o Brasil

Tudo o que for plantado terá demanda interna e com excelentes preços...


 Os exportadores locais argentinos já compraram cerca de 735.000 toneladas da safra 2018/19, contra 108.000 tons de um ano atrás. Do trigo disponível da safra 2017/18, as compras dos exportadores já totalizam 9,97 milhões de toneladas, das quais já repassaram ao exterior 9,13 MT, com um mercado muito firme pela demanda externa e interna, segundo dados oficiais do Minagri.

A este total se deve acrescentar mais 2,73 milhões de toneladas compradas pela indústria, totalizando 12,7 milhões de toneladas comprometidas, restando, portanto, um saldo de aproximadamente 4,8 milhões de toneladas para serem comercializadas até dezembro.

“Esta disponibilidade é absolutamente insuficiente para o país, uma vez que o que a indústria comprou só dará para atender às suas necessidades até maio”, avalia o analista da Consultoria Trigo & Farinhas Luiz Fernando Pacheco.

“Necessitando comprar mais 500 mil tons/mês até dezembro, isso daria 3,5 milhões de tons só para atender aos moinhos locais. Ocorre que, para atender aos seus compromissos com a exportação (Brasil e outros), o país necessitaria de mais 3,5 MT o que caracteriza um déficit de, pelo menos, 2,2 milhões de toneladas”, alerta.

De acordo com ele, uma das possíveis consequências seria o país deixar de exportar parte dos contratos oficiais e não oficiais já assumidos. Outra seria de importar trigo, mas em qualquer das hipóteses, o cereal de inverno se tornará muito mais caro do que já está.

“Os preços se elevarão e permanecerão altos até dezembro, quando se inicia a nova safra, com reflexos sobre as importações brasileiras. Esta é, portanto, mais uma grande oportunidade para se aumentar a safra de trigo no Brasil: tudo o que for plantado terá demanda interna e com excelentes preços.




Os agricultores podem plantar sem medo e os moinhos, podem comprar sem medo, porque será a sua melhor opção (sempre é melhor comprar em casa do que importar)”, conclui Pacheco.









Fonte: Portaldoagronegocio



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