Postado em terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
às 10:19
Anvisa aprova novo medicamento para esclerose múltipla
Medicamento se liga à célula de defesa e impede progressão da doença. Na esclerose, pacientes têm dificuldade para caminhar e podem apresentar confusão mental.
Pacientes que sofrem de esclerose múltipla passaram a ter uma nova opção com a aprovação do Ocrelizumabe, que recebeu registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O novo medicamento, produzido pela Roche, impede surtos da doença.
A esclerose múltipla é uma condição em que o sistema de defesa "ataca" a estrutura que reveste as células nervosas: a bainha de mielina.
Isso causa sintomas diversos, como distúrbios do movimento.
Não há cura e os medicamentos visam a reduzir os surtos da doença -- episódios em que os sintomas são mais agudos.
A droga se liga ao linfócito B, célula de defesa que tem um papel importante na destruição da bainha.
Para produzir um anticorpo monoclonal, pesquisadores clonam uma célula de defesa, que depois é treinada para identificar e atacar agentes causadores de doenças.
Doença degenerativa provoca distúrbios de movimento
A esclerose múltipla é uma condição em que o próprio sistema imunulógico acaba destruindo uma camada de gordura e proteína que reveste as células nervosas.
Essa camada, chamada de bainha de mielina, permite a condução dos impulsos nervosos com velocidade e precisão.
São esses impulsos que possibilitam que o cérebro comande as funções do corpo.
Com a destruição da camada, a doença vai progressivamente provocando alterações no humor, depressão, deterioração mental, fraqueza, lentidão, desequilíbrio, tremor, entre outros sintomas.
Fonte: G1